A influente publicação, de 173 anos de história, já é veiculada em italiano, inglês, espanhol, francês, russo, japonês, chinês e coreano
Francisco Vêneto / Aleteia
A influente revista italiana “La Civiltà Cattolica” acaba de completar 173 anos de existência no último dia 6 de abril, ocasião em que lançou a sua edição em português.
Ao anunciar a novidade, o editorial da revista destaca, na edição italiana, que o português é o quinto idioma com o maior número de falantes no mundo e reconhece no Brasil um país cuja diversidade e crescente relevância tem muito a oferecer às demais nações. A publicação se propõe a compartilhar essa riqueza nas suas páginas tanto em português quanto nos demais idiomas em que é editada.
A nova edição será bimestral e ficará sediada no Brasil, publicada em parceria com a Scripta Publicações, de Curitiba.
O editorial observa que o Brasil concentra, por ampla margem, a maior parte da população lusófona do mundo, que também se espalha, a partir das suas origens em Portugal, para nações como Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné Bissau e Timor Leste. O idioma continua sendo usado, ainda que muito minoritariamente, em Macau (China) e Goa (Índia).
A publicação dos padres jesuítas já é veiculada em italiano, inglês, espanhol, francês, russo, japonês, chinês e coreano.
Ao afirmar a exigência de oferecer o seu conteúdo a um número mais amplo de leitores de outros idiomas, razão pela qual “acolhemos a proposta de iniciar uma edição em língua portuguesa”, a equipe editorial de “La Civiltà Cattolica” reflete:
“Renovamos um pensamento que os nossos predecessores formularam nestes termos: ‘Entre o escritor e o leitor há uma comunicação de pensamentos e de afetos que possui muito de amizade, frequentemente chegando a ser quase uma intimidade secreta: especialmente quando a lealdade, por um lado, e a confiança, por outro, vêm para reforçá-la’”.
Cabe registrar que “La Civiltà Cattolica” foi a primeira revista publicada em língua italiana, vindo a ser editada ininterruptamente desde 1850. Seu diretor é o padre jesuíta Antonio Spadaro.