A declaração do Pontífice aconteceu em livro divulgado, no último domingo, pelo jornal italiano La Stampa
A12 Redação / Guilherme Gomes
O Santo Padre, Papa Francisco, defende que deva existir uma reforma na ONU, a Organização das Nações Unidas.
De acordo com o Pontífice, a ONU mostrou seus limites durante a pandemia e a guerra que acontece no leste europeu entre Ucrânia e Rússia.
“Quando falamos de paz e segurança em nível mundial, a primeira organização em que pensamos é a ONU e, em particular, seu Conselho de Segurança”, disse o Papa.
Francisco fez a declaração em um novo livro e os trechos das falas foram publicados pelo jornal italiano “La Stampa”, no último domingo (16).
“A guerra na Ucrânia destacou mais uma vez a necessidade da atual estrutura multilateral de encontrar formas mais ágeis e eficazes de resolver conflitos”, avaliou o Santo Padre.
De acordo com o periódico, o Papa acredita que “o mundo de hoje não é mais o mesmo” em relação a Segunda Guerra Mundial, e as instituições internacionais devem ser “fruto do maior consenso possível”.
“A necessidade dessas reformas ficou ainda mais evidente após a pandemia, quando o atual sistema multilateral demonstrou todos os seus limites. Com a distribuição de vacinas, tivemos um exemplo claro de que às vezes a lei do mais forte pesa mais que a solidariedade”, lamenta Francisco no livro.
Por conta disso, o Papa pede “reformas orgânicas, para que as organizações internacionais recuperem sua vocação primordial de servir a família humana”.
No novo livro, Francisco também diz ser defensor da “segurança integral”, que consiste em garantir todos os direitos – econômicos, sociais, alimentares, de saúde -, e que deve ser a bússola que norteia as decisões das instituições internacionais.