Semana Santa: o dia a dia das celebrações na semana maior dos cristãos

Do Domingo de Ramos ao Domingo de Páscoa, a fé renovada

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Por Manoel Antonio Tavares / Fotos: Angela Zolhof e Janiere Rojas

O Santuário Basílica de São Sebastião – Frades Capuchinhos celebrou junto com os cristãos do mundo inteiro a maior festa da religião cristã: A Semana Santa. Esta é a principal celebração do ano litúrgico cristão e também a mais antiga e mais importante. Toda a comunidade está de parabéns pela organização e participação neste evento de enormes proporções. Há muito que agradecer a todas as pastorais, ministérios, movimentos, serviços e devocionais pela dedicação, comprometimento e empenho para que tudo se realizasse a contento. No entanto, há que se destacar aqueles que estavam diretamente envolvidos: a equipe de liturgia, a pastoral da música, os jovens que protagonizaram a elogiadíssima peça teatral e os funcionários zelosos pela Casa do Senhor.

A Semana Santa teve início com a celebração, no dia 9 de abril, do Domingo de Ramos. Toda a riqueza de símbolos preparou a comunidade para viver o mistério pascal de Cristo, que foi celebrado no “Tríduo Pascal”, do qual fazem parte a Missa da Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa, a Adoração da Cruz e a Comunhão Eucarística da Sexta-feira da Paixão e a Vigília Pascal, no sábado – segundo Santo Agostinho, “a mãe de todas as vigílias” – e o domingo de Páscoa, ou da Ressurreição.

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Domingo de Ramos (Domingo da Paixão) – início da Semana Santa

O Domingo da Paixão, que recorda a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, é a abertura solene da Semana Santa. A finalidade desta celebração é a preparação imediata para a Páscoa. Frei Arles de Jesus, pároco e reitor da Basílica, abençoou os ramos e, após, seguir em procissão, com mais de duzentas pessoas, até a Basílica para a Santa Missa.

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Quarta-feira Santa – Via Sacra

Apesar da chuva, a encenação foi realizada dentro da Basílica. Sob a coordenação da 1ª Forania, que compõe 7 paróquias, a Via Sacra foi uma bela apresentação que irá ficar marcada na lembrança dos fiéis. Diante de uma igreja lotada, seminaristas, párocos e estudantes, os jovens do com jovens atores do Santuário Nossa Senhora da Salette brilhantemente encenaram as 14 estações, comovendo os presentes.

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Quinta Feira Santa – Última Ceia

Pela manhã, na catedral metropolitana, sob a presidência do Cardeal Dom Orani, aconteceu a Santa Missa Crismal (Santos Óleos). Nesta celebração, o óleo de oliva é misturado com perfume (bálsamo), é consagrado pelo bispo para ser usado nas celebrações do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos e Ordenação. Este óleo foi trazido para a Basílica e será utilizado nas celebrações até a próxima Semana Santa.

À noite, teve início o Tríduo pascal, com a celebração da Missa da Ceia do Senhor. Nesta celebração, também com a igreja lotada, viveu-se o momento sacramental do grande mistério da instituição da Eucaristia e do Ministério Sacerdotal. O rito do “lava-pés”, depois da proclamação do Evangelho e da homilia, ajuda a compreender a importância do mandamento do amor para os cristãos.

Depois da celebração da Missa da Ceia do Senhor, o altar foi desnudado. As hóstias consagradas foram levadas em procissão para o Salão Frei Nemésio, onde a comunidade ficou em adoração.

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Sexta Feira da Paixão-Paixão de Cristo

A Sexta-Feira Santa não é dia de pranto e de luto, mas de silenciosa e amorosa contemplação do sacrifício cruento, com derramamento do sangue de Jesus Cristo, fonte de nossa salvação. Das sete da manhã até às catorze horas todas as pastorais, ministérios, movimentos, serviços e devocionais se revezaram em adoração, até o momento da celebração da Paixão do Senhor. Nela, a Igreja celebra a morte vitoriosa de Jesus Cristo. O elemento fundamental e universal da liturgia deste dia é a proclamação da Palavra de Deus, visto que a Igreja, por antiquíssima tradição, não celebra a Eucaristia neste dia. O rito da celebração da Paixão do Senhor é composto de três partes: a liturgia da Palavra, a adoração da Cruz e a comunhão eucarística. Em seguida, depois da emocionante encenação da paixão de Cristo, deu-se início à procissão do Senhor Morto, pelas ruas próximas à Basílica.

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Sábado Santo

No Sábado Santo venera-se o repouso de Jesus no sepulcro. A Igreja permanece meditando sua paixão, abstendo-se da Missa até a solene Vigília Pascal ou espera noturna da ressurreição do Senhor Jesus Cristo. A Vigília Pascal é uma das liturgias mais ricas em conteúdo e simbolismo que a Igreja celebra. Segundo antiga tradição da Igreja, esta é uma noite de vigília em honra do Senhor. Esta Celebração ostenta o caráter de extremo júbilo e magnificência. O Círio Pascal foi acesso com o “fogo novo”. A Igreja iluminada pelas velas. Reboam as notas alegres do Glória e do Aleluia. O Altar foi paramentado em grande gala. Foram realizados batismos de jovens e a renovação das promessas do batismo para todos os presentes. É a celebração, por assim dizer, da Aurora da Ressurreição. Acabou a tristeza.

“Cristo ressuscitou, aleluia.

Venceu a morte com amor.”

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Domingo de Páscoa – Fim do Tríduo Pascal

A liturgia deste dia celebra o acontecimento pascal como dia de Cristo, o Senhor. A liturgia da Palavra contém o querigma pascal e a recordação dos compromissos da vida nova em Jesus ressuscitado. Jesus Cristo comunica ao mundo seu Espírito de vida que muda o coração do homem, Espírito de liberdade que redime a humanidade das raízes mais profundas de suas escravidões, pois redime do pecado. Esta é a verdadeira libertação pascal realizada por Jesus Cristo. O domingo de Páscoa marca o ápice da Semana Santa!

Cristo ressuscitou! Aleluia! Verdadeiramente ressuscitou, Aleluia! Verdadeiramente Ele ressuscitou, o sepulcro está vazio! Aleluia! Feliz Páscoa para todos.

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