Religiões se unem para ato em defesa dos direitos da mulher

Religies pelos direitos das mulheres 270x180

 

 

 

 

 

 

 

Religiões unidas para ato em defesa dos direitos da mulher

Diversas denominações religiosas realizarão no Dia Internacional da Mulher, 8 de março, ato em defesa dos direitos da mulher. A iniciativa é do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) juntamente com a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), Fé Bahai, Abrawica, Federação Umbanda e Candomblé.

O ato público acontecerá na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), com o tema “As Religiões pelos direitos das Mulheres”. Participarão representantes de igrejas e de manifestações religiosas, que se revezarão para lembrar mulheres mártires na religião e na sociedade.

Em atitude simbólica, flores serão depositadas em memória das mártires que tiveram suas vidas interrompidas pelas formas de violência no Brasil.  A secretária geral do Conic, pastora luterana Romi Benck lamenta que a violência continue ocorrendo pretensamente em nome da fé e explica que o ato tem como propósito mostrar que as religiões não compactuam com a violência. “Ao celebrarmos o Ano de Hypatia, considerada a primeira mulher que sofreu as consequências da intolerância religiosa, queremos reafirmar nosso compromisso em favor do diálogo, da promoção de uma cultura de paz e, principalmente, chamar a atenção para os altos índices de violência contra a mulher que ocorrem em nosso país. Esta violência é resultado de um sistema que se assegura em pilares patriarcalistas e colonialistas”, acrescenta.

De acordo com a organização, o ato será também um momento para reafirmar as esperanças de que as religiões precisam colaborar para a promoção de uma cultura de paz, porque não há paz enquanto o discurso de negação dos direitos das mulheres não for superado.

“Todos os anos, muitas mulheres são assassinadas em nosso país. Muitas são mortas por causa do seu engajamento social. Citamos o exemplo de irmã Dorothy e mulheres ligadas a movimentos sociais, outras são mortas por causa da intolerância religiosa, como foi o caso de Mãe Gilda e há outras que são mortas por crimes passionais e violência policial. Não podemos negar esta face pouca positiva de nosso país em relação às mulheres”, concluiu a pastora.

De acordo com presidente da CRB, irmã Maria Inês, na Igreja Católica as mulheres ainda enfrentam o problema da desigualdade e da discriminação.  “Estamos muito longe de um caminho de igualdade, de respeito pelas mulheres”, desabafa.

Com informações da CRB e fotografia da Rede Sul de Rádio | CNBB

Artigo anteriorRio é abençoado pelos seus 450 anos em missa no Santuário
Próximo artigoLivro aborda o Apocalipse: verdade e profecia