No Dia de Todos os Santos, frades capuchinhos irão celebrar o quinto aniversário da Basílica

O Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani Tempesta, presidirá Missa Solene às 11h30

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Em 2015 o Santuário de São Sebastião dos Capuchinhos era alçado à condição de Basílica Menor. / Foto: Pascom

Por Emilton Rocha / Pascom

Neste domingo, 1º de novembro, os frades capuchinhos e os tijucanos estarão comemorando o quinto aniversário de elevação do Santuário de São Sebastião à condição de Basílica Menor. Nessa data, dia da Solenidade de Todos os Santos, o Cardeal Orani Tempesta irá presidir Missa Solene às 11h30. Em todas as missas deste dia – 7h, 8h30, 11h30, 17h e 18h30 – os fiéis poderão obter a indulgência plenária.

“Indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida aos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica com autoridade o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos” (Norma 1 do Manual das Indulgências).

A palavra indulgência, segundo o dicionário Aurélio, vem do verbo indulgenciar; perdoar. O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que “Pelas indulgências, os fiéis podem obter para si mesmos e também para as almas do Purgatório a remissão das penas temporais, consequências dos pecados” (CIC, §1498).

Entenda que, o pecado tem duas consequências: a culpa e a pena. A culpa é perdoada na Confissão; a pena, que é a desordem que o pecado provoca no pecador e nos outros, e que precisa ser reparado, é eliminada pela indulgência que pode ser plenária (total) ou parcial. Fazendo uma analogia: Um indivíduo belisca o outro, em algum momento este individuo se arrepende de ter beliscado, mas não se sabe que consequência aquele beliscão teve na vida do outro, ou para os que rodeiam. A indulgência, por sua vez, apaga a “pena” do pecado. Apaga as “desordem” do pecado, as consequências.

Elevação à condição de Basílica Menor

A elevação à basílica acontece quando há o reconhecimento da importância da igreja para o povo, a veneração que lhe devotam os cristãos, a transcendência histórica e a beleza artística da arquitetura e da decoração. À época, em um trecho da carta, o presidente da congregação disse que “A concessão deste título a esta importante Igreja, intensificando o vínculo particular com a Igreja de Roma e com o Santo Padre, quer promover a sua exemplaridade como verdadeiro centro de ação litúrgica e pastoral na Diocese”.

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Há cinco anos, o Vaticano elevou o Santuário de São Sebastião dos Capuchinhos, na Tijuca, à condição de basílica menor, título que também foi uma homenagem pelos 450 anos da fundação da Cidade do Rio de Janeiro. A partir de então o templo passou a ter um vínculo maior com o Papa Francisco. A carta anunciando a novidade, enviada ao arcebispo do Rio, cardeal dom Orani Tempesta, foi assinada no dia 17 de julho daquele ano pelo cardeal Robert Sarah, presidente da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

A resposta chegou rápida e pegou o então pároco do Santuário, Frei Arles Dias de Jesus, de surpresa, conforme ele disse ao jornal O Globo: “Juntei fotos, decreto de tombamento cultural e as cartas do presidente da Conferência Nacional de Bispos do Brasil, do arcebispo do Rio e da Ordem dos Capuchinhos, e enviei. Não esperava um retorno positivo tão rápido.” A celebração foi realizada no dia 1° de novembro de 2015, dia de Todos os Santos e data da última missa realizada na igreja do morro do Castelo, em 1921, antes de ela ser transferida para a Tijuca.

DSC_9204aO Santuário recebeu então dois elementos que o identificam como basílica: o Tintinábulo, que é um emblema que a Santa Sé concede às igrejas com o título honorífico concedido pelo Papa, e que consiste num pequeno sino que figura na procissão do Corpus Christi e outras solenidades; e a Umbela Basilical, uma peça histórica dos papas, que já foi usada diariamente para fornecer sombra ao Sumo Pontífice.

O Santuário Basílica de São Sebastião, no Rio de Janeiro, é administrado pelos Frades Capuchinhos, e foi declarado Santuário Arquidiocesano em 2015, durante as comemorações pelo dia do padroeiro, em 20 de janeiro. A solicitação de reconhecimento foi uma iniciativa de frei Arles Dias de Jesus. À época, ele reuniu documentos e enviou o processo para o Vaticano em 1º de março daquele ano, data em que a cidade comemorava 450 anos.O templo possui especial valor afetivo para os cariocas (conforme o decreto municipal), pois possui a guarda de três símbolos importantes para a cidade: o marco de fundação, os restos mortais do fundador da cidade, Estácio de Sá, e a imagem histórica de São Sebastião, padroeiro da Cidade do Rio de Janeiro, que foi trazida por ele.

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