Capuchinhos comemoram o segundo aniversário da Basílica de São Sebastião

Amigos da Basílica lotaram o templo para celebrar a data especial

010ccad3-cabe-427a-8120-418a5c6cb8adEmilton Rocha / Fotos: Jainere Rojas

Na manhã de ontem, 5, os Frades Capuchinhos em uma igreja lotada de amigos celebraram o segundo aniversário de elevação do Santuário de São Sebastião à Basílica. O Cardeal Orani Tempesta presidiu Missa Solene, concelebrada por Frei Arles de Jesus, reitor, e pelo padre Aldo Santos, novo vigário episcopal do Vicariato Norte. Um grupo de noviços entoou belas canções durante a cerimônia. A imagem histórica restaurada do Padroeiro da Cidade estava exposta no altar e foi muito fotografada. Uma bela solenidade.

Em sua homilia Dom Orani disse que “além da ligação com Roma, da autorização do Santo Padre para que ocorresse essa elevação, trazemos à tona uma ligação muito importante que sempre existiu e que hoje nós temos o compromisso de reavivá-la nessa nossa cidade, que quando foi criada já nasceu e foi fundada justamente com a devoção a São Sebastião, sendo marcada desde o início pela ligação com a fé católica”.

Exigências do Vaticano

Beleza artística em arquitetura e decoração, transcendência histórica e veneração de cristãos são alguns dos motivos considerados para receber a concessão do Papa e tornar-se Basílica. Foi o que aconteceu com o antigo Santuário São Sebastião, elevado à basílica menor pelo Papa Francisco, em decreto assinado há dois anos. Além disso, a igreja precisa atender a diversas exigências do Vaticano. “É tudo encomendando e vem de Roma para cá”, disse Frei Arles há dois anos. À época, o processo foi enviado ao Vaticano com todos os documentos exigidos, fotografias até de detalhes e a história da igreja. Antes, o pedido precisa ser aprovado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e, posteriormente, enviado ao Vaticano levando entre cinco a dez anos até a análise ser concluída. Como basílica, a igreja passa a repetir toda solenidade que acontecer no Vaticano, um território papal. [column size=”one-fourth” title=”A Basílica de São Sebastião dos Capuchinhos é a primeira basílica de um santo mártir e homem na cidade do Rio”][/column]

Guardiã das relíquias históricas da Cidade

Os mosaicos coloridos, os mármores de carrara e os vitrais da antiga Igreja dos Capuchinhos têm muito a contar sobre a história do Rio. É nela que estão os restos mortais de Estácio de Sá, fundador da cidade, o marco da fundação, ambos tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), e a imagem histórica de São Sebastião, padroeiro do Rio, trazida por Estácio de Sá no século 16.

A Basílica é administrada pelos Frades Capuchinhos. Os dias mais cheios na Igreja costumam ser a primeira sexta-feira de cada ano (Bênção dos Capuchinhos), a festa do Círio de Nazaré (outubro) e a festa de São Sebastião (20 de janeiro), ocasiões em que milhares de pessoas passam pelo templo durante essas ocasiões.

Primeira Basílica de um santo mártir

A Basílica de São Sebastião dos Capuchinhos é a primeira basílica de um santo mártir e homem na cidade do Rio. Atualmente, além da Basílica de São Sebastião dos Capuchinhos, ainda há a Basílica Santa Terezinha, na Tijuca, Basílica Nossa Senhora de Lourdes, em Vila Isabel, Basílica Sagrado Coração de Jesus, no Méier, Basílica Nossa Senhora da Penha, na Penha, e Basílica Imaculada Conceição, em Botafogo.

Em agradecimento, ao final da celebração de ontem, Frei Arles Arles disse: “A palavra ‘obrigado’ não abrange a intensidade do sentimento, desta forma, em nome da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos – Província Nossa Senhora dos Anjos, limitamos a dizer: entre irmãos não se agradece, ama-se Mais! Paz e Bem!”

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