Círio realizado pelos capuchinhos levou multidão de fiéis às ruas da Tijuca

Muitos cariocas católicos que adotaram Nossa Senhora de Nazaré no coração também participaram da procissão

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Emilton Rocha / Pascom

Com o tema “Uma jovem chamada Maria” e o lema “Com Maria superamos a violência contra a mulher”, a festa do Círio de Nazaré, uma das maiores manifestações religiosas em homenagem a Nossa Senhora foi realizada domingo, 14 de outubro na Tijuca, com a grande procissão pelas ruas da Tijuca e a Santa Missa Solene em honra à Padroeira da Amazônia.

Para homenagear a Virgem de Nazaré, os frades capuchinhos elaboraram uma primorosa programação que começou no dia 11 de outubro, com o Tríduo a Nossa Senhora de Nazaré. No dia 13 foi realizada a procissão luminosa, saindo do Santuário da Medalha Milagrosa, na Tijuca, até a Basílica de São Sebastião, onde foi realizada a coroação de Nossa Senhora de Nazaré e um show com Marcela Siesler, artista de destaque na música católica brasileira.

A tradicional procissão que acontece em Belém do Pará também faz parte do calendário religioso da cidade devido ao grande número de paraenses moradores do Rio, cuja festa foi trazida pelo Cardeal Orani João Tempesta, que por quatro anos exerceu o cargo de Arcebispo de Belém do Pará. Mas não apenas os paraenses renderam homenagens à santa. Muitos cariocas católicos que adotaram Nossa Senhora de Nazaré no coração também participaram da procissão.

Para Frei Arles Dias de Jesus, reitor da Basílica de São Sebastião (Capuchinhos), o Círio representa uma grande manifestação popular, principalmente para o povo paraense que sai de sua terra e migra para o Rio de Janeiro, “cidade maravilhosa que acolhe todos”.

– Nós, da Igreja dos Capuchinhos, temos a missão de acolher todos. A devoção popular ao Círio de Nazaré é grande, é a maior manifestação católica do Brasil que atrai dois milhões de pessoas em Belém do Pará e que no Rio de Janeiro reúne mais de dez mil devotos nessa festividade – disse o frade.

A procissão durou pouco mais de uma hora, seguindo pelas ruas Haddock Lobo, Barão de Ubá, Doutor Satamini e Afonso Pena, retornando para a Basílica. Depois os fiéis presenciaram a missa celebrada por Dom Orani.

O Termo “Círio” tem origem na palavra latina “Cereus”, que significa vela grande. No Brasil, no início era uma romaria vespertina, e até mesmo noturna, daí o uso de velas. No ano de 1854, para evitar a repetição da chuva torrencial como a que havia caído no ano anterior, a procissão passou a ser realizada pela manhã.

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