A composição e doações recebidas pela igreja vêm de ações generosas dos paroquianos, amigos, colaboradores e pastorais
Fazer o bem sem olhar a quem é o que move os Frades Capuchinhos desde os primórdios da criação dessa ordem cristã, em 1525. Não à toa, a igreja, que tem sede na Rua Haddock Lobo 266, na Tijuca, ampliou seu projeto social para atender aqueles que ficaram em situação de vulnerabilidade devido à pandemia de Covid-19. Se há três décadas 50 famílias são assistidas mensalmente com cestas básicas, esse número foi multiplicado por nove nos últimos meses, justamente quando o templo estava com as portas físicas fechadas para a comunidade. Naquele momento, as janelas das redes sociais se abriram de forma intensa para solicitar doações e também para receber pedidos de ajuda.
Doações de abril entregues
Nesta terça-feira, 13 de abril, na parte da manhã, o Santuário Basílica de São Sebastião entregou cestas básicas às famílias inscritas no serviço de assistência social do Santuário Basílica. São dezenas de famílias em risco social, cada uma com sua história triste agravada pela pandemia. O desemprego, tendo como consequência a fome, é a que choca mais.
A composição e doações recebidas pela igreja vêm de ações generosas dos paroquianos, amigos, colaboradores e pastorais. As próximas cestas, referentes ao mês de maio, serão entregues no dia 11. Quem tem fome tem pressa.
— Desde o início da pandemia, começamos a socorrer as pessoas que nos procuravam por estarem sem trabalho. Elas chegavam famintas, desajustadas, à beira do desespero. Isso nos levou a incluí-las no Projeto Social do Santuário, que passou a contemplar 450 famílias. Esse esforço demanda quatro toneladas e meia de alimentos por mês, além de material de limpeza, produtos de higiene pessoal, máscaras… Toda ajuda é bem-vinda — disse Frei Jorge de Oliveira ao Globo em agosto do ano passado, quando o número de cestas contemplava 450 unidades, ocasião em que disponibilizou o WhatsApp (21) 98247-2737 para contato. Hoje, devido a crise, o número de cestas básicas diminuíram acentuadamente, mas ainda atendem a cerca de 50 famílias.
Emilton Rocha, com O Globo
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