Bem aventurado, Frei Fabriano é sacerdote da Primeira Ordem (1261-1322). Pio Vi aprovou seu culto no dia 1º de abril de 1775
No ano de 1251 nasceu em Fabriano um menino, filho de um médico chamado Compagno Venimbeni, e de sua mulher Margarida, o qual recebeu o nome de Francisco. A criança, que veio ao mundo rindo e não chorando, tornou-se um menino piedoso e dedicado aos estudos. Entrou para a Ordem dos Frades Menores quando tinha apenas 16 anos, e se distinguiu tanto pela santidade como pelo saber.
Terminado o seu noviciado, viajou a Assis, a fim de ganhar a indulgência da Porciúncula. Ali se encontrou com Frei Leão, secretário e confessor do Santo Fundador, e, como resultado de seus colóquios, escreveu um tratado em defesa da indulgência. Conta-se que Francisco, que amava grandemente os livros, foi o primeiro franciscano a formar uma biblioteca.
Apesar da sua sólida bagagem cultural, foi sempre humilde, simples e serviçal. Nunca a cultura o afastou do próximo. Pelo contrário, parece que o ajudava a servir os outros com mais dedicação. Os talentos que o Senhor lhe entregou, fê-los render ao serviço dos mais humildes e incultos. Para si preferia a penitência e o trabalho, que o foram esgotando até a morte.
Pregador eloquente e persuasivo, conseguiu levar três de seus sobrinhos a abandonarem as possibilidades de sucesso mundano e a se tornarem minoritas como ele próprio. Tinha grande devoção às almas do purgatório pelas quais oferecia a missa com o máximo de fervor. Sua própria morte teve lugar depois de uma prolongada febre, quando contava 71 anos de idade, em 1539, e seu antigo culto foi aprovado em 1775.
Domingo de Fessis, um dos sobrinhos mencionados acima, escreveu uma vida do Beato Francisco. Esta vida foi publicada em Acta Sanctorum, abril, voI. III.