Quem perdoa é mais feliz?

Mariana Joffre / A12

O livro Razões do perdão nos ajuda a compreender melhor o que o ato de perdoar significa

Por Laís Silva / A12 Redação

Pensar no perdão muitas vezes nos leva a questionamentos profundos dos benefícios e malefícios que essa ação nos traz. Tem gente que pensa que perdoar é perder uma briga, outros enxergam o ato de perdoar como superioridade, mas afinal? O que o perdão causa em nossa vida? Quem perdoa é mais feliz?

Para os cristãos, o perdão é um princípio fundamental da fé, é o espelho dos ensinamentos de Cristo. Logo, quem perdoa pratica a misericórdia, o amor, o sacrífico, a libertação e a reconciliação.

Já na psicanálise, o perdão é visto e estudado como um processo essencial para a cura, para o bem-estar, para a libertação, reconciliação, para a vida

O fato é que o perdão exige muito de nós, exige que tenhamos a consciência de que não vamos esquecer os motivos, mas sim colocá-los em um local onde não podem nos atingir mais, da mesma maneira que antes.

É preciso entender que o perdão não é uma exigência da vida, independente do lado espiritual ou da psicanálise, mas quando compreendemos que os benefícios de perdoar são direcionados a nós mesmos, passamos a aceitar que perdoar não é para o outro e sim para nós.

E se engana quem pensa que perdoar é fácil, realmente não é, mas, no fundo, vale a pena.

Iniciando o ano de 2025, o A12 dá continuidade em sua parceria com a Editora Ideias & Letras, e nada melhor do que começar o ano falando sobre perdão, por isso o livro apresentado nesta semana é o “Razões do perdão”, de René Dentz, psicanalista, filósofo, escritor e professor.

A obra analisa o perdão através da psicanálise, filosofia e teologia. Dentz explica que o perdão é um caminho para a paz e a reconciliação, sendo um processo complexo que exige maturidade. Ele também mostra como o perdão está ligado à espiritualidade cristã e é libertador para todos os envolvidos.

Na introdução do livro, o autor afirma:

“Ao estudar o tema do perdão durante os últimos anos, intrigou-me o fato de ser uma temática intensamente acolhida. O perdão é, ao mesmo tempo, um gesto simples e complexo. Cotidiano e atemporal. Possível e impossível. São diversos os paradoxos encontrados ao redor do ato de perdoar”.

Esta é uma ótima leitura para o início do ano, já que neste período estamos otimistas, com vários planos e metas na mente. Vamos então compreender mais sobre o perdão e então usarmos esse entendimento para fortalecer nossa espiritualidade e nosso conhecimento sobre nós mesmos.

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