Procissão, aclamação e cânticos marcaram a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida

Atividade faz parte do jubileu de 300 anos do encontro da pequena imagem de Aparecida celebrada por toda a Igreja do Brasil este ano

343a409a-44f5-4d29-9ed0-1360652d7a4dNa noite de 22 de agosto, a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida foi recebida por Frei Arles Dias de Jesus das mãos do pároco do Santuário Nossa Senhora da Salette, Padre Marcos Antônio de Queiroz. Depois de concelebrar missa naquele santuário, o reitor a conduziu em procissão luminosa pelas ruas da Tijuca até a Basílica de São Sebastião Frades Capuchinhos, onde ela foi aclamada pelos fiéis que a esperavam, aí incluído um expressivo número de integrantes do Terço dos Homens.

Na manhã seguinte, às 7h, foi celebrada uma missa, com a participação de religiosos. Em seguida, a imagem foi conduzida ao Colégio Maria Raythe, onde foi louvada pelos estudantes presentes à missa celebrada por Frei Arineu Mozer, retornando à Basílica na parte da tarde.

Logo depois, às 18h, em bela missa de despedida, a imagem peregrina foi ovacionada pelos fiéis que lotaram a Basílica. Muitos cânticos de louvor foram entoados e, em seguida, ela foi recebida e conduzida em seu périplo religioso à Paróquia São Joaquim, no Estácio, pelo pároco Padre Geraldo.

A atividade faz parte do jubileu de 300 anos do encontro da pequena imagem de Aparecida celebrada por toda a Igreja do Brasil, em 2017. A ideia principal deste jubileu festivo é conclamar para um grande Ano Mariano, reforçando a fé e o trabalho de evangelização realizado com a intercessão da Padroeira do Brasil.

História

Em outubro de 1717, os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves ficaram encarregados de garantir o almoço do governador de São Paulo e Minas Gerais, dom Pedro Miguel de Almeida Portugal, Conde de Assumar, e de sua comitiva, que visitavam a Vila de Guaratinguetá, no vale do Paraíba, a caminho de Vila Rica, atual Ouro Preto.

Após várias horas no rio Paraíba, os pescadores ainda não tinham conseguido pegar nenhum

peixe, quando retiraram das águas a imagem de uma santa sem cabeça. Em seguida, lançada a

rede novamente, encontraram a cabeça da imagem. A partir daí, a pescaria foi tão boa que eles encheram suas canoas e cumpriram a sua obrigação com o ilustre visitante.

Os pescadores notaram que se tratava de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, feita de terracota e escurecida pelas águas do rio, medindo 40 cm de altura. A ela atribuíram o milagre da pesca farta.

O início da devoção

Durante 15 anos, Pedroso ficou com a imagem em sua casa, onde recebia as pessoas para as orações e a reza do terço. A devoção à imagem foi crescendo e muitas graças foram alcançadas pelos fieis que a visitavam. Mais tarde, a família construiu um oratório para a santa,

até que – por volta de 1734 – o vigário de Guaratinguetá resolveu erguer uma capela para a imagem de aparecida, no alto do Morro dos Coqueiros.

A capela foi aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Conta-se que, nessa ocasião, um cavaleiro que passava por ali debochou dos fieis que rezavam e resolveu invadir a capela a cavalo. Porém, a pata da montaria ficou presa num degrau e ele não só não conseguiu profanar o santuário, como tornou-se devoto de Nossa Senhora.

A essa altura, a imagem já era chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome, que se separou da cidade de Guaratinguetá. Em 1834 teve inicio a construção da chamada Basílica Velha, pois a capela já não dava vazão ao número de visitantes.

O manto e a coroa

Em 8 de setembro de 1904, foi realizada a coroação da imagem de Nossa Senhora Aparecida que passou a usar, oficialmente, uma coroa ofertada pela Princesa Isabel, em 1884, bem como o manto azul-marinho. Em 1908, o santuário recebeu o título de Basílica menor.

O ano de 1928 marcou a passagem do povoado nascido ao redor do Morro dos Coqueiros a município e, um ano depois, o papa Pio 11 proclamava a santa como Rainha do Brasil e sua padroeira oficial. Com o numero cada vez maior de romeiros, em 11 de Novembro de 1955 teve início a construção de uma igreja maior, a atual Basílica Nova.

Emilton Rocha, com informações do Santuário de Aparecida / Fotos: Angela Zolhof

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