Missa de Natal na Basílica será realizada no dia 24, às 20h, com a participação do Coral de São Sebastião
Por Emilton Rocha, com pesquisa
O presépio de Natal montado na Basílica de São Sebastião – Frades Capuchinhos tem atraído a admiração dos fiéis que participam das missas na igreja. Adultos e crianças param para observar os detalhes do trabalho montado pelos freis e registram tudo em seus celulares e máquinas fotográficas. O presépio é uma referência cristã que remete para o nascimento de Jesus na gruta de Belém, na companhia de José e Maria.
O primeiro Presépio
Criado por São Francisco de Assis em 1223, o primeiro presépio foi montado em uma gruta, na Itália. Na época, a Igreja não permitia a realização de representações litúrgicas nas paróquias, mas São Francisco pediu a dispensa da proibição, para relembrar ao povo a natividade de Jesus Cristo. O objetivo de São Francisco era facilitar a compreensão do nascimento de Jesus. No Brasil, a cena do presépio foi apresentada pela primeira vez aos índios e colonos portugueses em 1552, por iniciativa do padre José de Anchieta.
As velas do Advento
Na tradição católica cristã, todas as velas do advento se encontram acesas na Missa do Galo. Faz-se então celebração em missa solene e comunhão pelo nascimento do Messias, Jesus Cristo, onde além de vários outros cânticos, canta-se o tradicional cântico de Glória. Dada a sua importância e a tradição, pois anuncia o nascimento do Deus vivo, eis que o verbo se fez carne (Jo, 1:14), o próprio Papa, bispo de Roma, deve conduzir a celebração pessoalmente, pois ele é sucessor de Pedro, o apóstolo que Jesus mesmo designou como primeiro dirigente da Igreja (Mt 16:18).
O Natal
O Natal é a única celebração do calendário litúrgico que contempla três eucaristias: a da noite, a da aurora e a do dia. Destas três celebrações, a da noite (do galo) é a que reúne os aspectos históricos e humanos do nascimento de Cristo. Segundo São Gregório Magno a missa da noite comemora o nascimento temporal de Jesus; a da aurora ou do galo, celebra o nascimento de Jesus no coração dos fiéis; a missa do dia ou da festa, evoca o nascimento do Verbo no seio do Pai. Celebrada à meia-noite, a missa do galo, «in galli cantu», passou a ser a primeira da sequência litúrgica. Seguia-se-lhe a da «aurora» ou missa de alva (introduzida no século VI) e a missa própria do dia, que no século IV fora a primitiva celebração da festa religiosa do Natal.
A vigília de Natal começava com uma oração, com a leitura de Palavra de Deus, pregação e com um canto. Após a missa seguia-se a representação de um auto de Natal, dentro da Igreja. Antes do sol nascer, rezava-se a missa do galo ou da aurora. A meio da manhã do dia 25, celebrava-se a missa da festa. Ao entrar na Igreja, a grande curiosidade era o presépio. A missa de Natal começava com um cântico natalício. No momento do “Gloria in excelsis Deo”, as campainhas tocavam para assinalar o nascimento do Redentor. No fim da missa, todos iam beijar o menino. Em algumas Igrejas, o presépio estava tapado até à altura do cântico.
Hoje, tradicionalmente, depois da missa, as famílias voltam para suas casas, colocam a imagem do Menino Jesus no Presépio, realizam cânticos e orações em memória do Messias, filho de Deus, e confraternizam-se e compartilham a Ceia de Natal, com eventual distribuição de presentes.
A Missa de Natal
A Missa de Natal é também conhecida por Missa da Meia-Noite e a celebração ocorre neste horário porque a tradição católica diz que Jesus nasceu à meia-noite. Para os católicos romanos, o costume de assistir a esta missa começou no ano 400 dc. Por questão de segurança, em certos países, como no Brasil, a missa passou a ser celebrada em horários alternativos. Nos países latinos, esta missa é chamada Missa do Galo, porque segundo a lenda, a única vez em que um galo cantou à meia-noite foi quando Jesus nasceu.
No dia 24, ao final da solenidade de Natal na Basílica, o celebrante levará a imagem do menino Jesus até o presépio e a colocará na manjedoura.