Padre Camilo esclarece esta dúvida a respeito de uma grande virtude da Mãe da Igreja
Por Alberto Andrade / A12 Redação
“Como me é dado que venha a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que chegou a meus ouvidos a voz de tua saudação, o menino saltou de alegria em meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou que se cumpriria o que lhe foi dito da parte do Senhor!” (Lc 1, 43-45)
O Catecismo da Igreja Católica é claro ao nos ensinar que as bem-aventuranças retratam o rosto de Cristo e nos descrevem Sua caridade, expressam a vocação dos fiéis associados à glória da sua Paixão e Ressurreição e definem os atos e atitudes características da vida cristã. (CIC 1717)
Estas respostas ao desejo natural de Deus para nossa felicidade são promessas que sustentam a esperança no meio das tribulações; anunciam aos discípulos as bênçãos e recompensas já obscuramente adquiridas; já estão inauguradas na vida da Virgem Maria (como pudemos ler na exaltação de Santa Isabel no início deste texto) e de todos os Santos.
No Evangelho de Mateus (Mt 5,1) Jesus reúne uma multidão, sobe o morro e se senta. Cercado pelos discípulos, toma a palavra e os ensina sobre as bem-aventuranças, dizendo que quem é cheio de si mesmo não abre espaço para Deus em sua vida.
Segundo o sermão de Cristo, as bem-aventuranças mudam as prioridades da vida. O cristão não deve se preocupar com bens materiais e motivações egoístas. Os que querem realmente ser abençoados devem se concentrar nas coisas de Deus.
“São bem-aventurados os simples, os humildes que dão lugar a Deus, que sabem chorar pelos outros e pelos próprios erros, permanecem mansos, lutam pela justiça, são misericordiosos com todos, preservam a pureza do coração, trabalham sempre pela paz e permanecem na alegria, não odeiam e, mesmo quando sofrem, respondem ao mal com o bem”, disse o Papa Francisco em novembro de 2017.
E como já vimos na Palavra de Deus e na Tradição, chamamos Nossa Senhora de Bem-Aventurada. Maria viveu integralmente a espiritualidade da Antiga Aliança, mas na “plenitude dos tempos” (Gl 4,4) foi a passagem para a Nova Aliança, por sua condição de “serva do Senhor” e mãe do Verbo. Deixou Deus agir totalmente em seu viver.