Ser santo é o chamado de Deus para nós batizados, e não somente para quem conviveu com Jesus no tempo dos Apóstolos
Por Alberto Andrade / A12 redação
“Ao canonizar certos fiéis, isto é, ao proclamar solenemente que esses fiéis praticaram heroicamente as virtudes e viveram na fidelidade à graça de Deus, a Igreja reconhece o poder do Espírito de santidade que está nela e sustenta a esperança dos fiéis, propondo-os como modelos e intercessores” (CIC 828)
Não somente como está descrito no Catecismo da Igreja Católica, mas desde os primeiros anos nas comunidades cristãs, iniciou-se a veneração dos mártires, que entregaram suas vidas por Deus a partir de dois caminhos: seguindo seus passos e considerando-os intercessores no Céu.
Algum tempo depois, a Igreja começou a reconhecer a santidade em outros fiéis pelas virtudes em suas vidas, diferente do martírio.
Os santos foram pessoas normais, que fizeram escolhas fundamentais que os levaram a uma união cada vez maior com Deus.
Quando as Sagradas Escrituras nos mostram os Apóstolos, primeiros santos da Igreja primitiva, não o fazem de forma desencarnada, mas ao contrário, mostram estes discípulos como verdadeiros seres humanos, que tiveram conflitos, medos e lutas interiores.
Mulheres e homens que buscaram ardentemente a Deus, alcançaram um entendimento tal de si mesmos, que largaram sua própria justiça, para aceitar os outros como são. Compreendem que por si mesmos e independentes de Deus jamais podem sair de suas misérias, e entendem que sem Deus nada se pode fazer.
Estas pessoas comunicam, com suas vidas, que a santidade é possível, não está fora do nosso alcance, e que somos sempre chamados a vivê-la.
“Os bem-aventurados, estando mais intimamente unidos com Cristo, consolidam mais firmemente a Igreja na santidade. Eles não cessam de interceder a nosso favor, diante do Pai, apresentando os méritos que na terra alcançaram, graças ao Mediador único entre Deus e os homens, Jesus Cristo. A nossa fraqueza é assim grandemente ajudada pela sua solicitude fraterna” (CIC 956)
Os Santos na Palavra de Deus
No Antigo Testamento são apresentados modelos de fidelidade a Deus, como Moisés e Abraão, por exemplo. Moisés e Elias aparecem glorificados na Transfiguração junto a Cristo no Monte Tabor.
O caminho da santidade não é um caminho inacessível a nenhum de nós, pois existe um caminho único que só nos é estranho e impossível para nós enquanto não nos decidimos a trilhá-lo.
Este caminho não exclui a dor, nem a renúncia, nem as tentações, nem a nossa humanidade, justamente porque é como o caminho de Jesus, um caminho da morte para a Ressurreição. Em todo lugar, surge o medo das “mortes” que virão pela frente, mas para trilhá-lo na alegria é preciso abraçar Jesus do modo como ele se apresenta hoje, com os olhos fixos Nele e no que Ele nos pede agora.
Mais que buscar a intercessão deles, com seus exemplos e histórias de entrega a Deus, os santos são inspiração para o caminho de todos, principalmente por serem pessoas como nós, com defeitos e qualidades. Por isso, reproduzir seus bons gestos nos leva aos melhores caminhos, de superação, de amor e de paciência.
Saiba mais sobre os Santos
Aqui no A12, navegue pela página do Santo do Dia e se encante pelos testemunhos daqueles que se tornaram exemplo de seguimento de Cristo. Conheça de perto os relatos de uma vida de santidade e entenda como eles tiveram a compreensão de qual é o caminho que leva à plena união com Deus.