Pedra de sinagoga do tempo de Jesus volta à terra de santa Maria Madalena

Depois de dez anos separada de seu contexto original, seu retorno tem um significado importante para a história do local

Pedra de Magdala / Cortesia Centro Magdala

A “Pedra de Magdala”, parte de uma sinagoga do século I possivelmente contemporânea de Jesus, voltará à terra de santa Maria Madalena, na Galileia, onde foi achada, e estará exposto a partir de 26 de junho.

A sinagoga encontrada em Magdala é considerada pelos arqueólogos a mais antiga da Galileia e é uma das mais bem conservadas.

A pedra encontrada nas escavações da sinagoga apresenta relevos que representariam o Segundo Templo de Jerusalém, que existiu por quase seis séculos e foi destruído por volta do ano 70 depois de Cristo.

A pedra teria sido usada como uma “bimá”, mesa para ler a Torá, a Lei para os judeus, que compreende os primeiros cinco livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Os cristãos o conhecem como o Pentateuco.

Durante as escavações, a Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) transferiu a pedra de Magdala para sua sede para estudo. Depois de ser apresentada em várias exposições em diversas partes do mundo, a pedra regressará a Magdala.

A arqueóloga-chefe de Magdala, Marcela Zapata, da Universidade Anáhuac do México, disse que “o fato de a pedra retornar à sua localização e contexto originais tem um significado histórico e religioso significativo”.

“É uma peça única que é um dos achados mais importantes na terra de Israel”, disse.

Zapata afirmou que “a pedra, juntamente com achados adicionais do local, ajuda a identificar a identidade judaica de Magdala, bem como a maneira como os habitantes de Magdala observavam o judaísmo no local e sua conexão com o Templo de Jerusalém”.

“Depois de dez anos separada de seu contexto original, seu retorno tem um significado importante para a história do local, o judaísmo e a pesquisa histórica em arqueologia bíblica”, declarou.

Padre Juan María Solana, diretor e fundador do Centro Magdala, projeto que acolhe peregrinos na terra de santa Maria Madalena e em cujo complexo se encontra a antiga sinagoga, disse que “a devolução da pedra de Magdala à sua casa mostra o grande nível de cooperação entre Magdala e as agências governamentais de Israel”.

Essa cooperação, afirmou, ajuda a “tornar Magdala um marco turístico internacional em Israel”.

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