Papa Francisco chega à Polônia para a JMJ

Esta é a 15ª viagem internacional de seu pontificado

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O Papa Francisco já está em terras polonesas para a 31ª Jornada Mundial da Juventude. É a 15ª  Viagem Apostólica internacional de seu pontificado.O voo da Alitália que levou o Papa à Polônia partiu às 14h13min locais do Aeroporto Fiumino. Após ter percorrido 1.100 km em menos de duas horas, o voo aterrissou pouco antes das 16 horas no Aeroporto São João Paulo II. Ao meio-dia, ele se encontrará com autoridades, diplomatas e membros da sociedade civil e fará um discurso. Logo em seguida, terá uma reunião privada com o presidente da Polônia, Andrzej Duda. Às 13h30, na Catedral de Cracóvia, será recebido a portas fechadas por bispos poloneses. Esta é a 15ª viagem internacional de seu pontificado, que o levou à Polônia para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Cracóvia.

►Chegada do Papa Francisco a Cracóvia

►Papa encontra os bispos poloneses

Convocado pelo próprio Jorge Bergoglio, o evento coincide com o Jubileu Extraordinário da Misericórdia e está cercado de preocupações na área de segurança, principalmente após os atentados recentes na Europa. Ainda assim, Francisco deve se deslocar apenas em carro aberto e dispensar veículos blindados.

Durante a noite, deve saudar fiéis da janela da arquidiocese de Cracóvia. Além de sua participação na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), Francisco aproveitará a ida à terra natal de João Paulo II para visitar o campo de concentração de Auschwitz e celebrar uma missa pelo 1050º aniversário do país.

A JMJ será encerrada dia 31e deve reunir milhares de pessoas. Ao todo, mais de 38 mil agentes das forças de segurança foram destacados para proteger o evento. (Agência Brasil)

(Fonte: Rádio Vaticano / Agência Brasil)

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Papa Francisco visita antigo campo de extermínio de Auschwitz

Após rezar em silêncio, Papa escreveu em livro: ‘Senhor, perdoe-nos por tanta crueldade’

Por O Globo / Agências Internacionais

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AUSCHWITZ, Polônia – Em seu terceiro dia de visita à Polônia, o Papa Francisco esteve, nesta sexta-feira, no antigo campo de concentração nazista de Auschwitz, onde foram exterminadas cerca de 1,5 milhão de pessoas, em sua grande maioria judeus, durante a Segunda Guerra Mundial.

Na visita de quase duas horas ao local, que hoje é um museu e um memorial do Holocausto, o Papa rezou em silêncio pelas vítimas do exército de Adolf Hitler. Ele caminhou através dos portões do campo e viu o interior de algumas celas, sempre se mostrando muito concentrado, absorvido com seus próprios pensamentos, como se meditasse sobre os horrores que aquele lugar hospedou no passado.

Mais tarde, ainda nesta sexta-feira, Francisco irá se reunir com dez sobreviventes de campos de concentração e 25 dos “Justos das nações”, como é chamado um grupo de pessoas que ajudou a salvar judeus durante a Segunda Guerra.

Jorge Mario Bergoglio está na Polônia para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontece na Cracóvia, até este domingo. Nesta quinta-feira, ele convocou jovens do mundo inteiro a se rebelar e a questionar o que está errado na sociedade.

O argentino é o terceiro papa a visitar Auschwitz, depois do polonês João Paulo II, em 1979, e do alemão Bento XVI em 2006. Mas, diferentemente de seus antecessores, Francisco decidiu não fazer um discurso sobre os terrores do campo de concentração libertado após a rendição dos alemães, em 1945. Antes mesmo de ir a Auschwitz, o Pontífice já tinha decidido que orar em silência era a melhor maneira de honrar as pessoas que sofreram e morreram por causa do nazismo.

Entre os presentes na visita ao campo de trabalhos forçados, estava a violinista Henela Niwiska, de 101 anos, junto com outros sobreviventes do extermínio promovido pelos nazistas. Um homem deu ao Papa uma foto dele feita quando ainda estava preso no local, cercado por outros detentos numa beliche, e pediu a Francisco para assinar sobre a imagem. Francisco beijou cada um dos sobreviventes.

Depois de se encontrar com as vítimas, ele colocou uma vela no chamado Muro da Morte, onde muitos prisioneiros foram executados, e continuou em sua caminhada solitária pelo memorial.

Em outro gesto simbólico, o líder da Igreja Católica acendeu uma lâmpada e rezou na cela subterrânea onde morreu o frei polonês São Maximiliano Kolbe. Franciscano como ele, o religioso, que sacrificou sua própria vida para salvar outro homem, foi beatificado em 1982. O argentino se manteve ajoelhado por vários minutos no interior da cela. Em seguida, o Papa assinou o livro de honra do museu, deixando um recado:

“Senhor, tenha piedade de nosso povo. Senhor, perdoe-nos por tanta crueldade”.

O pontífice também visitou o campo de extermínio Auschwitz II-Birkenau, onde a maioria das vítimas morreu em quatro crematórios e local de confinamento das mulheres.

Participaram da visita uma delegação da comunidade judaica polonesa de cerca de 30 pessoas e a primeiro-ministra polonesa, Beata Szydło.

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“Não vegetem no sofá da vida”, pede Francisco a jovens na Polônia

O pontífice incentivou que os jovens “deixem uma marca” no mundo, durante uma fala para mais 1,6 milhão de pessoas

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Em discurso durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), neste sábado, o papa Francisco pediu a uma multidão de jovens que “não sejam substitutos” na vida e que não “vegetem” comodamente no sofá da vida”. O pontífice criticou os sedentários e afirmou que as pessoas vieram ao mundo “para deixar uma marca”.

“O tempo que estamos vivendo hoje não necessita de jovens-sofá, mas de jovens com sapatos, melhor ainda, com as chuteiras calçadas. Só aceita jogadores titulares na quadra, não há espaço para substitutos”, convocou Francisco. Segundo o papa, é fácil “confundir felicidade com sofá” ou passar os dias em frente ao computador, em uma situação de comodidade “longe dos medos”.

Ao ritmo de música pop, uma multidão de jovens recebeu o pontífice uma imensa esplanada em Cracóvia, na Polônia, onde ficarão acampados por toda a noite para compartilhar e meditar sobre fé e fraternidade. Os organizadores afirmaram que mais de 1,6 milhões de pessoas estavam no local para ouvir os conselhos de Francisco.

“Nossa resposta a esse mundo em guerra tem um nome: chama-se fraternidade”, disse o papa após escutar o testemunho de Rand, um sírio de Aleppo, causando aplausos. Ao fim de seu discurso, Francisco pediu que se fizesse uma corrente humana, dando-se as mãos como uma mensagem a favor da “multiculturalidade”, que “não é uma ameaça, mas uma oportunidade”, completou.

(Com AFP)

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