Hoje, a felicidade tem se tornado uma questão complexa, pois a humanidade se desenvolve a tal ponto que a busca por este sentimento ficou vinculado ao lucro e a quantidade de bens que se possui, tornando-se um sentimento passageiro como uma nuvem em um dia de sol.
Por Fr. Rafael Peres Nunes de Lima, C.Ss.R. / A12 Redação
Podemos imaginar William Shakespeare, em sua famosa peça Hamlet: “Ser ou não ser, eis a questão”, e a partir disso nos questionarmos sobre o que é realmente a felicidade. Ela existe ou é algo imaginário que serve como alívio às tribulações da vida?
Segundo os gregos, a felicidade era a boa companhia de seu daimon, logo a Eudaimonia equivalia ao sentimento de felicidade, pois significava que este espírito que acompanhava cada pessoa, a favorecia de tal forma que proporcionava-lhe a felicidade em si, ou a sorte.
Podemos imaginar William Shakespeare, em sua famosa peça Hamlet: “Ser ou não ser, eis a questão”, e a partir disso nos questionarmos sobre o que é realmente a felicidade. Ela existe ou é algo imaginário que serve como alívio às tribulações da vida?
Segundo os gregos, a felicidade era a boa companhia de seu daimon, logo a Eudaimonia equivalia ao sentimento de felicidade, pois significava que este espírito que acompanhava cada pessoa, a favorecia de tal forma que proporcionava-lhe a felicidade em si, ou a sorte.
Por exemplo, para Sócrates e um de seus discípulos, Antístenes, a felicidade do ser humano é conseguir ser autossuficiente, enquanto para Platão, todos os membros do corpo possuem uma finalidade/função. Nesse caso, a alma tem a função de ser virtuosa e justa e partir disso adquire a felicidade.
A questão da felicidade, para Aristóteles, entra no âmbito do conhecimento e da razão, levando a plena realização da ética em si. Este conceito durou até o início da Idade Média, quando os pensadores cristãos descartaram a questão da felicidade e a colocaram como algo prazeroso a partir do momento em que se pensa na salvação da alma. Enquanto na modernidade, com Immanuel Kant, a felicidade é retirada do catálogo de questões filosóficas.
Hoje, a felicidade tem se tornado uma questão complexa, pois a humanidade se desenvolve a tal ponto que a busca por este sentimento ficou vinculado ao lucro e a quantidade de bens que se possui, tornando-se um sentimento passageiro como uma nuvem em um dia de sol.
O questionamento que devemos realizar é o quanto almejamos a felicidade duradoura e verdadeira? Estar com aqueles que amamos, que gostamos, com a família e amigos; realizar nossos sonhos mais profundos e preciosos, tudo isso são situações e acontecimentos que trazem uma felicidade duradoura, sendo que a felicidade em si, só é encontrada; e será encontrada quando estivermos diante do Criador.