Por Kristina Millare / ACI Digital
O papa Francisco desembarcou hoje (6) em Papua-Nova Guiné com a notícia de que uma tentativa de matá-lo foi frustrada na Indonésia.
O jornal Straits Times, da Indonésia, disse que sete pessoas foram presas pela polícia em Jacarta entre 2 e 3 de setembro por uma denúncia de que planejavam um ataque ao papa.
Segundo a reportagem, um dos presos, suspeito de pertencer a um grupo terrorista, ficou irritado com a visita do papa à mesquita de Istiqlal, em Jacarta, capital da Indonésia.
O papa Francisco e o grande imã muçulmano Nasaruddin Umar assinaram ontem (5) uma declaração conjunta na mesquita condenando a violência religiosa.
Ao pousar hoje (6) no Aeroporto Internacional Jacksons, na capital do país, Port Moresby, depois de um voo de seis horas de Jacarta, Indonésia, o papa foi recebido na pista por mulheres da tribo Mekeo que vestiam trajes tradicionais. É o segundo país que o papa vai visitar em sua viagem de 12 dias pela Ásia e Oceania, a mais longa de seu pontificado.
Depois da guarda de honra, o vice-primeiro-ministro de Papua-Nova Guiné, John Rosso, e outros dignitários civis deram oficialmente as boas-vindas ao papa Francisco numa cerimônia formal no aeroporto.
Depois de ser recebido pelo arcebispo de Port Moresby, dom John cardeal Ribat, e por representantes da Conferência Episcopal de Papua-Nova Guiné e das Ilhas Salomão, o papa também foi recebido no país por bispos de Tonga, Fiji e Nova Zelândia.
Multidões se aglomeraram hoje (6) nas ruas do lado de fora do Aeroporto Internacional Jacksons, segurando velas acesas e smartphones.
Nos próximos três dias, Francisco vai se encontrar com líderes civis e comunidades católicas em Port Moresby e em Vanimo. Ele também vai visitar o santuário de Nossa Senhora Auxiliadora para se encontrar com padres, diáconos, ordens religiosas e catequistas e celebrar a missa dominical no estádio Sir John Guise.
O padre Gregorio Bicomong Jr. disse à ACI Stampa, agência em italiano da EWTN News, esperar que a presença do papa Francisco revigore a fé e a esperança dos povos de Papua-Nova Guiné.
“Esperamos que o Santo Padre se concentre em temas como famílias, perdão e fidelidade a Jesus”, disse o padre. “Rezamos para que o evento tenha uma impressão duradoura e um forte compromisso em viver nossa fé”.
O governo do país decretou estado de emergência por causa dos distúrbios políticos da Quarta-feira Negra de 10 de janeiro. Pelo menos doze pessoas morreram e centenas ficaram feridas nos confrontos.
Cerca de 96% da população de Papua-Nova Guiné se identifica como cristã. O catolicismo é a maior denominação do país. Segundo o censo de 2011 do país, 3 milhões de católicos vivem em Papua-Nova Guiné, com uma população total de 8,2 milhões de pessoas.