O provincial, que está em Roma representando a Província Nossa Senhora dos Anjos, disse que o encontro é uma riqueza de experiência de cultura de diferentes realidades.
Por Emilton Rocha / Pascom
De 26 de agosto a 15 de setembro, o 86° Capítulo Geral 2024 da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos reune representantes de 119 países para avaliar o último governo e definir os rumos da Ordem no próximo sexênio, além de eleger o novo Ministro Geral – o 122º representante de São Francisco de Assis.
O evento está sendo realizado em Roma (Itália), no Colégio Internacional São Lourenço de Brindisi, dos Frades Menores Capuchinhos. O Capítulo promete ser um evento de grande importância e profundo significado para a Ordem. Frades de todos os cantos do mundo se reuniram para discutir temas relevantes, compartilhar experiências e fortalecer os laços de fraternidade que os unem. Durante o Capítulo, serão abordadas questões espirituais, administrativas e missionárias, sempre com o intuito de renovar o compromisso com os valores franciscanos e a missão evangelizadora.
Além das sessões de trabalho, o evento também contará com momentos de oração, celebrações litúrgicas, oportunidades para convivência e reflexão pessoal. A cidade de Roma, com sua rica história e espiritualidade, servirá como um pano de fundo inspirador para esse encontro.
O Capítulo Geral é uma ocasião especial para os Frades Menores Capuchinhos renovarem sua dedicação à vida religiosa e ao serviço aos outros, reafirmando seu papel como portadores de paz e esperança no mundo contemporâneo. Que este encontro seja abençoado e frutífero, trazendo novas energias e perspectivas para a comunidade capuchinha global.
Para Frei Arles de Jesus, Ministro Provincia do RJ e ES (Província Nossa Senhora dos Anjos), o Capítulo Geral é um momento muito rico para a Ordem, “é sinal iminente e instrumento de união e solidariedade de toda a Fraternidade reunida em seus representantes” (Const. 124, 1 ), disse o frade. “O Capítulo Geral é a riqueza da unidade da Ordem, onde reúne irmãos de todas as partes do mundo, não importando a nacionalidade, a língua, a cultura e o costume de cada irmão capitular, uma vez que a comunhão de todos representa a universalidade da Ordem”, concluiu.
Na abertura, celebrada pelo Bispo Paolo Martinelli, Vigário Apostólico da Arábia do Sul, e concelebrada pelo Ministro Geral, Irmão Roberto Genuin; o Vigário Geral, Irmão José Ángel Torres Rivera, e todos os Conselheiros Gerais.
O Bispo Paolo acentuou a importância do Capítulo Geral como um “sinal e instrumento de unidade e solidariedade da Ordem”, e chamou os frades “à unidade que nos torna, antes de tudo, mendicantes do Espírito Santo”. Citando o Papa Francisco, que qualifica nossos tempos como “tempos de mudança e não apenas tempos de mudança”, ele exortou os capitulares “a enfrentar a realidade como ela se apresenta, quer gostemos ou não”. E acrescentou: “os tempos mudam, e devemos reconhecer que muitas vezes não sabemos como nos encaixar nos novos cenários; podemos sonhar com as cebolas do Egito, esquecendo que a Terra Prometida está na frente, não atrás, e nessa nostalgia por tempos passados estamos nos petrificando, estamos nos mumificando. Isso não é uma coisa boa.”
Após a Comunhão e uma pequena pausa, os irmãos retornaram mais uma vez à capela, onde cantaram o hino Veni Creator Spiritus, com o Ministro Geral rezando ao Senhor para que o Capítulo Geral dê frutos de acordo com o “projeto de Deus”, ciente de que “se o Senhor não constrói a casa, em vão trabalham os construtores”.
Ao final, os capitulares acompanharam em procissão o Ministro Geral ao local onde seria realizada a Aula Magna, o mesmo lugar onde serão realizadas as principais sessões do Capítulo a partir de então. Alguns símbolos da fé: velas, cruz, incenso e o Livro dos Evangelhos acompanharam este momento de procissão e recitação da Ladainha dos Santos. Com a entrada na Aula Magna, o Ministro Geral declarou aberto o Capítulo Geral de 2024.
O Cardeal Raniero Cantalamessa, Pregador da Casa Pontifícia desde 1980, proferiu sua conferência, conforme programado e comentou sobre a centralidade de Cristo para nossas vidas: “Cristo ontem, hoje e sempre”.