Homenagem ao padroeiro aconteceu na missa das 11h30m deste domingo
Por Emilton Rocha / Foto: Frederico Araújo
No domingo, 22 de janeiro, foi a vez das chamadas fogaceiras – moças (raparigas) vestidas de branco com uma faixa colorida que leva à cabeça a fogaça enfeitada, para serem benzidas e assim homenagearem São Sebastião. O evento foi realizado durante a missa das 11h30m na Basílica, celebrada por de Frei Arles, pároco e reitor.
A tradição das fogaceiras
A Festa das Fogaceiras é uma tradição secular – uma das maiores manifestações religiosas do Norte de Portugal – que, em 2005, completou quinhentos anos, marcados pela devoção do povo das Terras de Santa Maria. A mais emblemática festividade do concelho de Santa Maria da Feira teve origem num voto ao mártir São Sebastião, em 1505, ocasião em que a região foi assolada por um surto de peste que dizimou parte da população. Em troca de proteção o povo prometeu ao santo a oferta de um pão doce chamado “Fogaça”. Durante quatro anos a tradição foi quebrada e a peste regressou. Este acontecimento veio aumentar a devoção a uma das mais antigas tradições de Portugal São Sebastião, que segundo a lenda, padeceu de todos os sofrimentos quando do seu martírio em nome da fé cristã, tornou-se assim, o santo padroeiro de todo o condado da Feira. No cumprimento do voto, os ofertantes incorporavam-se numa procissão que saía do Paço dos Condes e seguia pela Igreja do Convento do Espírito Santo (Lóios), onde eram benzidas as fogaças, divididas em fatias, posteriormente repartidas pelo povo.
As fogaças são enfeitadas com pequenas bandeirolas de papel metalizado que lhe oferecem uns aspecto singular. Três das meninas transportam fogaças de tamanho grande, que serão oferecidas. Segue-se a missa solene, onde as fogaças são benzidas.