Trata-se de um filme sobre uma conversão verdadeira; não é uma história romântica, é uma história humana
ACI Digital
“Ninguém vai querer ouvir falar de Jesus Cristo da boca de um gângster”, ouviu Stuart Long, um ex-boxeador, quando estava no seminário. “Talvez seja isso que o mundo precise”, respondeu o improvável padre, ex-ateu que se converteu ao catolicismo depois de uma experiência sobrenatural. Nas telas do cinema, padre Stu é interpretado por Mark Wahlberg que também é produtor. “Luta pela fé – A história do padre Stu” estreia nos cinemas brasileiros no dia 26 de maio.
O filme é baseado em fatos reais e conta a história de conversão do padre Stuart Long. Long teve que encerrar sua carreira no boxe amador após uma lesão. Então, mudou-se para Los Angeles, sonhando virar astro do cinema. Quando trabalhava em um supermercado, conheceu a católica Carmen e, para impressioná-la começou a ir à igreja. Mais tarde, um acidente de moto o converteu. Ele deixou de ser ateu e se tornou católico. E decidiu se tornar padre em vez de se casar com a jovem católica que o tinha atraído para igreja.
O filme tem uma qualidade pouco vista nos enredos de fé católica.
A história se passa em meados de 2007, o que torna os dilemas e o linguajar bem próximos da realidade dos dias de hoje. Com seu jeito “desbocado” e “sem noção”, o futuro padre Stu vai descobrindo a fé católica. Muitos dos seus questionamentos poderiam ter sido feitos por qualquer pessoa de hoje que não conhece a religião.
O filme de duas horas e cinco minutos tem uma carga de humor e drama distribuídos ao longo da história de forma muito natural e envolvente.
O enquadramento dos personagens é sempre muito próximo do rosto, o que reforça o aspecto de proximidade para o espectador. É como estar dentro da história.
Mel Gibson faz brilhantemente o papel do pai de Stu. Ele e Wahlberg, ambos católicos, protagonizam as cenas com os diálogos mais caóticos e grosseiros do filme.
Mesmo retratando esse ambiente “sem noção”, o filme defende de maneira cirúrgica a vivência da castidade, a vida dos santos, a contrição perfeita. Mas também são apresentados conflitos de católicos com o próprio clero, quando, por exemplo, Stu precisa convencer o reitor a deixá-lo ingressar no seminário.
Não há maquiagem dos dramas reais que se vive enquanto cristão.
O filme mostra uma vivência muito humana e realista da fé. E responde a muitos questionamentos que pessoas que nunca tiveram contato com Deus, ou perderam sua fé ao passar por uma grande dor na vida.
Trata-se de um filme sobre uma conversão verdadeira. Não é uma história romântica, é uma história humana. “Deus me perdoa. Ele não veio para julgar, mas para perdoar. Eu posso levar o perdão de Deus para outras pessoas também”, diz Stu ao fazer a descoberta que o fez querer ser padre.
Esse filme é uma obra de arte utilizada para uma pregação explícita da fé católica, contada de uma forma muito bela, com drama e humor, com lágrimas e sorrisos.
Tire suas próprias conclusões. Assista Luta pela fé – A história do padre Stu. Não esqueça o lencinho.
A diretora executiva de marketing da Sony Pictures América Latina, Camila Pacheco, disse que a empresa está “muito felizes por trazer uma história como essa ao mercado brasileiro, que tem um grande número de católicos e de pessoas que se identificam com essa mensagem que o filme aborda”.
O projeto do filme levou cerca de seis anos para ser concluído, porque Wahlberg lutou para encontrar o roteirista certo e rezou muito a Deus pelo sucesso do filme. Wahlberg acabou escolhendo a roteirista Rosalind Ross, que também dirigiu o filme. Nos Estados Unidos, a estreia aconteceu em 15 de abril, Sexta-feira Santa.
Em uma entrevista em fevereiro ao The World Over, da rede de televisão católica EWTN, do mesmo grupo a que pertence ACI Digital, Wahlberg afirmou que o filme tem “uma história e uma mensagem que todos precisam escutar”. “Se conseguimos outra pessoa, se plantamos mais uma semente… e mesmo que demore 50 anos para chegar lá e impactar mais alguém, estamos fazendo o nosso trabalho”, disse.