Mostra acontece de 4 a 6 de novembro na Basílica de São Sebastião, na Tijuca
Por Emilton Rocha
Comemorando o 1º aniversário da elevação da Igreja de São Sebastião a Basílica Menor no mês de novembro, os Capuchinhos promoveram nos dias 4, 5 e 6 a Exposição de Peças e Imagens Sacras do Antigo Morro do Castelo, intitulada “A igreja desce mas não desaparece”. Centenas de pessoas visitaram o Salão Frei Nemésio, na Basílica, de onde saíram maravilhadas tanto pelo conteúdo da mostra como pela organização primorosa.
Dia 4: das 8h às 12h e das 14h às 18h; Dia 5: das 9h às 12h e das 14h às 19h); e Dia 6: das 8h às 14h e das 16h às 21h
“A Igreja do Castelo desce, mas não desaparece”
A Igreja de São Sebastião guarda a história do Morro do Castelo e tem suas origens no século XVI. Em 1568 foi construída uma pequena igreja no Morro de São Januário, que ficou conhecido mais tarde como o histórico Morro do Castelo.
No dia 18 de agosto de 1842 foi entregue aos Capuchinhos a Igreja do Morro do Castelo, que receberam juntamente com o terreno adjacente e mais duas casas onde residiram antes de construir o convento. A igreja encontrava-se quase totalmente arruinada e em completo abandono. Segundo documentos da época a igreja achava-se cercada de mato e de troncos de árvores e o capim crescia até o seu interior, o forro estava aberto e arruinado pelas goteiras que saíam de todos os lados. Era um completo estado de abandono e ruína a igreja recebida pelos capuchinhos.
Os Frades fizeram reviver as tradições iniciando para a Igreja do Castelo uma época de esplendor e de intensa vida espiritual. Eles viram a monarquia ser extinta; veio a República, com todos os seus desafios e o novo século se desvendava diante dos olhos da Belle Époque, a modernidade batia às portas da Igreja de São Sebastião do Morro do Castelo. Para não alongar mais a história faz-se necessário saber que, desde os fins do século XVIII e meados do século XIX, já se confabulavam num provável arrasamento do Morro do Castelo, mas a campanha que conseguiu este fato ocorreu na segunda metade do século XX.
Ao assumir em 19 de novembro de 1920 a administração do então Distrito Federal, tratou o engenheiro e professor Carlos Sampaio resolver, entre outros, o problema do arrasamento do Morro do Castelo.
Os sinos da Igreja de São Sebastião tocaram pela ultima vez no dia de finados numa missa Solene, a última missa do morro. Estavam presentes os cabíveis da cidade como a população que lá vivia, os capuchinhos mais uma vez, foram tirados de sua casa.