Liturgia da Epifania do Senhor ressalta que o Verbo se fez carne e habita entre nós
Alberto Andrade / A12 Redação
Hoje as leituras deste primeiro domingo de 2025 na Santa Missa celebram a manifestação de Jesus Cristo a toda a humanidade.
Assim como a estrela guiou os reis magos, Cristo é a Luz da Esperança que brilha na escuridão de um mundo afastado de Deus, atraindo para si todos os povos.
Como parte do cumprimento do plano de salvação que o Pai tanto desejou, o Menino Jesus veio ao nosso encontro, assumindo nossa história, iluminando os caminhos e nos conduzindo à plenitude da vida.
Na Primeira Leitura (Is 60, 1-6), Isaías, nos revela como o plano de amor de Deus foi realizado ao longo dos séculos através da Promessa, da Fé e da Esperança até atingir a sua plenitude com a vinda do Messias. O profeta anuncia a chegada da luz salvadora de Deus; luz que transfigurará Jerusalém na cidade das luzes e reunirá na cidade de Deus os povos de todo o mundo.
São Mateus no Evangelho (Mt 2, 1-12) relata que além da certeza de que o Rei dos judeus nasceria de Belém, mostra o significado dos presentes dados pelos reis magos: o ouro pela realeza do Menino Jesus, o incenso devido Sua divindade e a mirra tem relação com a humanidade, pois além de Deus, ele era humano. A mirra seria o mesmo óleo que Jesus seria ungido após a sua morte. Os magos oferecem ao Menino Deus tudo aquilo que eles tinham de mais sagrado.
A salvação, tantas vezes rejeitada pelos habitantes de Jerusalém, se tornou um dom que Deus oferece a toda humanidade. Assim, como a simples luz de uma estrela serviu de sinal, Deus se serve de diferentes sinais e se manifesta constantemente e de várias maneiras a nós.
Como, por exemplo, nos sacramentos, em especial a Eucaristia, Sua Palavra proclamada, na pessoa do sacerdote, na Igreja reunida para celebrar, no amor caloroso e acolhedor de nossa família, entre outros sinais.
“Participemos com alegria da missa da Solenidade da Epifania do Senhor, dentro, ainda, do tempo do Natal. Olhemos para o presépio e adoremos o menino Deus que acabara de nascer. Que Ele se manifeste a cada um de nós e à humanidade inteira, revelando o plano de amor para todos os povos.
Com certeza não é mais ouro, incenso ou mirra, mas poderemos oferecer a ele o presente mais valioso que é a nossa vida. Dedicarmos tempo ao Senhor, colocá-lo em primeiro lugar e não em segundo plano. E viver uma vida longe do pecado”, disse o Cardeal Orani Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro.
A partir desta reflexão, podemos nos questionar: Se a Epifania é a manifestação de Jesus Salvador a todos os povos e a todas as nações, será que nós temos tornado Jesus mais conhecido e amado em nossa evangelização?
A Palavra de Deus está nos dizendo, hoje, que sejamos instrumentos de Deus em qualquer ambiente, mas, de maneira especial, nos ambientes que têm mais desafios e nos quais ainda há muito a reconstruir enquanto maturidade humana, psicológica e espiritual.