O Papa recorda o testemunho de Santa Teresa de Calcutá, uma mulher que deu a vida pelos pobres. Esta santa repetia continuamente que a oração era o lugar donde tirava força e fé para a sua missão de serviço aos últimos.
Pe. José Raimundo Vidigal, C.Ss.R. / A12 Redação
O Dia Mundial dos Pobres foi instituído pelo Papa Francisco em 2017, e é celebrado no 33º domingo do tempo comum, portanto em 17 de novembro neste ano. A data tem como objetivo chamar a atenção para a situação das pessoas em situação de pobreza e marginalização, e incentivar a solidariedade e o apoio aos menos favorecidos.
Desde o seu início, a Igreja de Cristo viveu essa proximidade, como afirma São Paulo em Gl 2,10: “Só nos recomendaram que nos lembrássemos dos pobres, o que tenho procurado fazer com solicitude.”
Na sua mensagem para o 8º Dia Mundial dos Pobres, o Papa comenta o texto de Eclo 21,5: “A oração do pobre eleva-se até Deus”. Escolheu esse tema, porque estamos no ano dedicado à oração, em vista do Jubileu Ordinário de 2025. Rezamos “na certeza de que a nossa oração chega à presença de Deus; não uma oração qualquer, mas a oração do pobre, para que se torne um modo de comunhão, partilhando o sofrimento deles” – diz o Papa. E acrescenta: “Os pobres têm um lugar privilegiado no coração de Deus”.
Esse Dia é uma ocasião propícia para realizar iniciativas que ajudem concretamente os pobres, e também para reconhecer e apoiar os numerosos voluntários que se dedicam com amor aos mais necessitados. Devemos agradecer ao Senhor por eles e elas: são a voz da resposta de Deus às orações daqueles que a Ele recorrem.
O Papa recorda o testemunho de Santa Teresa de Calcutá, uma mulher que deu a vida pelos pobres. Esta santa repetia continuamente que a oração era o lugar donde tirava força e fé para a sua missão de serviço aos últimos. Ela disse na Assembleia Geral da ONU em 1985: “Sou apenas uma pobre freira que reza. Quando rezo, Jesus põe o seu amor no meu coração e eu vou dá-lo a todos os pobres que encontro no meu caminho. Rezai vós também! Rezai, e sereis capazes de ver os pobres que tendes ao vosso lado. Rezai, e abrir-se-ão os vossos olhos e encher-se-á de amor o vosso coração”.
Encerrando sua Mensagem, conclui o Papa: “Em todas as circunstâncias, somos chamados a ser amigos dos pobres, seguindo os passos de Jesus, que foi o primeiro a solidarizar-se com os últimos. Que a Santa Mãe de Deus, Maria Santíssima, nos sustente neste caminho; ela que, aparecendo em 1933 em Banneux, na Bélgica, nos deixou uma mensagem a não esquecer: «Eu sou a Virgem dos pobres». A ela, a quem Deus olhou pela sua humilde pobreza e em quem realizou grandes coisas com a sua obediência, confiemos a nossa oração, convictos de que subirá até ao céu e será ouvida.”