Catedral protege imagem de Cristo em abrigo antiaéreo na Ucrânia

A arquieparquia de Lviv dos armênios pertence à Igreja Católica, mas está vacante desde 1938

Foto do Twitter

ACI Digital

A foto de cinco homens retirando uma grande imagem de Cristo crucificado de dentro de um complexo, em meio ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia viralizou nas redes sociais.

A foto foi publicada no Twitter em 5 de março por Tim Le Berre, que se descreve em sua biografia como um funcionário “de proteção de bens culturais”. Nos comentários, Le Berre postou outra foto mostrando a cruz embrulhada em folhas de espuma e segurada por dois homens, dizendo que ela está sendo protegida “antes de ser retirada para um local seguro”.

No texto que acompanha a primeira fotografia, Le Berre disse que é “uma estátua de Jesus Cristo” que “está sendo retirada da Catedral Armênia de Lviv, Ucrânia, para ser guardada em um abrigo antiaéreo para sua proteção”. Além disso, ele explicou que é um acontecimento histórico para a comunidade local na Ucrânia, já que “a última vez que a estátua foi retirada foi na Segunda Guerra Mundial”.

As forças russas começaram a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 e, até o momento, os confrontos armados continuam em diferentes partes do país. A arquieparquia de Lviv dos armênios pertence à Igreja Católica, mas está vacante desde 1938.

A catedral armênia de Lviv foi construída em 1363 e tem uma história especial marcada por uma série de incêndios, guerras e outras convulsões sociais. A catedral de Lviv serviu a população católica armênia do século XVII até o fim da segunda Guerra Mundial em 1945.

Naquele ano, o governo da União Soviética anexou prendeu o reitor da catedral, padre Dionizy Kajetanowicz, por se recusar a renunciar à sua fé e se tornar um padre ortodoxo.

Nove anos depois, padre Kajetanowicz morreu na prisão. A maioria dos católicos armênios poloneses foi forçada a deixar Lviv e emigrar para a Polônia.

No ano 2000, a catedral de Lviv ficou sob a custódia da recém-criada eparquia da Ucrânia da Igreja Apostólica armênia, mas os católicos armênios ainda podem usar o templo para celebrar liturgias.

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