Capuchinhos abençoam milhares de fiéis na primeira sexta-feira do ano

Das 5h da manhã até às 19h foram celebradas 15 missas num trabalho que mobilizou todas as pastorais

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A tradicional bênção atraiu cerca de 55 mil pessoas, segundo estimativas, durante o dia em que foram celebradas 15 missas e bênçãos

Por Emilton Rocha / Pascom

Milhares de pessoas participaram da tradicional bênção da primeira sexta-feira do ano dos frades Capuchinhos, também conhecida como ‘Bênção dos Barbadinhos’, no Santuário Basílica de São Sebastião, na Tijuca. A partir das 4h da manhã várias pastorais já estavam a postos para o grande trabalho que teriam pela frente. Das 5h da manhã às 19h foram realizadas 15 missas nas quais fiéis agradeceram as graças alcançadas e fizeram novos pedidos, principalmente a São Sebastião, padroeiro da Cidade do Rio de Janeiro, cuja Trezena será aberta neste domingo, 7, pelo Cardeal Orani Tempesta, às 9H.

De acordo com a mídia, desempregados pediram intercessão do santo pela melhora na crise por que passa o Brasil, donas de casa agradeceram graças alcançadas, outros rogaram por saúde e paz, entre outros pedidos. Ao final de cada celebração, todos eram abençoados com água benta. A bênção dos frades capuchinhos, que acontece toda primeira sexta-feira de cada mês, é considerada Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro, assim como a Procissão de São Sebastião, realizada em 20 de janeiro no centro do Rio. A medida consta de decreto assinado pelo ex-prefeito Eduardo Pais em 20 de fevereiro de 2014. A decisão fez parte dos preparativos para comemorar os 450 anos de fundação da cidade, em 1º de março de 2015.

De acordo com Frei Eduardo Melo, a “benção dos barbadinhos” se transformar em patrimônio cultural é uma confirmação da importância entre os fiéis e do trabalho realizado pela igreja.

— A tradição dessa bênção, que tem mais de 80 anos, é o reconhecimento da influência popular na igreja e do nosso trabalho pastoral, que se perpetuou ao longo dos anos — disse ele ao Globo à época. — É uma simbiose entre a fé católica e as tradições. Muitos fiéis comparecem à igreja para iniciar o ano bem e com a fé renovada.

Frei Eduardo disse ainda que a procissão de São Sebastião se tornar patrimônio do município durante a preparação dos festejos dos 450 anos da cidade torna a novidade ainda mais especial. Já que a primeira imagem, que tem mais de 400 anos, está na igreja.

Ontem, no fim da tarde, mesmo com chuva, a Basílica continuava recebendo fiéis para as últimas celebrações. A última missa foi celebrada às 19h. Os celebrantes das 15 missas foram os freis Arineu Mozer, Arles de Jesus, Edcarlos Hoffman, Jorge Noia, Luiz Carlos Siqueira, Luiz Fernando, Ricardo Nunes, Sebastião José e padre Hércules de Lima.

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