Segundo relatório financiado pela ONU, o Afeganistão é o país mais infeliz do mundo e a Venezuela é a última nas Américas
Aleteia / Francisco Vêneto
O Relatório da Felicidade Mundial, ou World Happiness Report, é um estudo financiado pela ONU que chega à sua 10ª edição em 2022. O levantamento se baseia em pesquisas sobre a percepção de felicidade relatada pelas pessoas, o que é cruzado com outras informações como a renda, os níveis de liberdade individual, a percepção de corrupção, etc.
A propósito, um dos coautores do estudo, Jeffrey Sachs, observa que “a lição fornecida pelo relatório, nestes dez anos, é a de que a generosidade entre as pessoas e a honestidade dos governos são cruciais para o bem-estar. Os líderes mundiais deveriam levar isto em consideração”.
Os mais felizes
No ranking de 2022, divulgado nesta semana, a Finlândia aparece pela quinta vez consecutiva como o “país mais feliz do mundo”, com nota 7,82 numa escala que vai até 10.
O grupo dos cinco países mais felizes do mundo é completado pela Dinamarca, Islândia, Suíça e Holanda, todos na Europa.
Os mais infelizes
Já o país em último lugar na lista da felicidade mundial é o Afeganistão, cujo governo foi derrubado em agosto passado pelos fanáticos islâmicos do Talibã. Os radicais, que retomaram o controle do território afegão depois de 20 anos de uma intervenção norte-americana mal-sucedida, impuseram a sharia no lugar da constituição e empurraram o país ao abismo da fome, do desemprego massivo e da repressão das liberdades civis em níveis descomunais.
O Afeganistão, aliás, também aparece na lista da organização Open Doors, que monitora a liberdade religiosa no mundo, como o pior país do mundo para os cristãos, superando a Coreia do Norte, que ocupou o triste primeiro lugar dessa lista durante nada menos que 20 anos e agora está em segundo lugar. Não é que as condições norte-coreanas tenham melhorado: a situação afegã é que conseguiu tornar-se ainda pior.
Voltando à lista da felicidade entre os países, o penúltimo lugar é hoje preenchido pelo Líbano, que, após períodos de prosperidade, mergulhou em anos recentes numa crise econômica e social sem precedentes. Seguem-se oito nações africanas entre os países menos felizes do planeta: Zimbábue, Ruanda, Botsuana, Lesoto, Serra Leoa, Tanzânia e Malaui e Zâmbia, em ordem do mais infeliz ao menos infeliz.
Américas
Na América Latina, os três países em melhor posição são a Costa Rica (23º lugar mundial), o Uruguai (30º) e o Brasil (39º, com ganho de duas posições na comparação com o ano anterior, quando aparecia em 41º).
Nas Américas como um todo, a liderança é do Canadá (15º lugar mundial), seguido imediatamente pelos Estados Unidos (16º).
Já a Venezuela é o país latino-americano de pior posição, perdendo até para países com gravíssimos conflitos bélicos recentes, como o Iraque. O país destruído social, política e economicamente pela ditadura socialista de Hugo Chávez e Nicolás Maduro está em 108º lugar mundial na lista da felicidade, juntando-se ao Líbano e ao Afeganistão no grupo dos três países com o maior retrocesso, de acordo com o relatório.
Mais destaques positivos
Por outro lado, os três países que mais ganharam posições no ranking foram a Sérvia, a Bulgária e a Romênia, esta última posicionando-se à frente de nações como Espanha, Itália e Portugal. Os 10 países mais felizes do mundo, segundo o estudo, são:
Finlândia (Europa)
Dinamarca (Europa)
Islândia (Europa)
Suíça (Europa)
Holanda (Europa)
Luxemburgo (Europa)
Suécia (Europa)
Noruega (Europa)
Israel (Ásia)
Nova Zelândia (Oceania)