“Quem quiser pode chegar, acompanhar e aprender sobre as maravilhas que existem no interior da nossa Basílica” (Diácono Manoel)
Por Pascom Capuchinhos RJ
Situado no bairro da Tijuca, o Santuário Basílica de São Sebastião, também conhecido como Igreja dos Capuchinhos e Igreja de São Sebastião – em alusão ao extinto Morro do Castelo, localizado no centro do Rio – estará recebendo neste domingo, 15, a partir das 10h, grupo de interessados em conhecer a sua história, seus vitrais e seus santos, entre outros.
A Igreja de São Sebastião do Morro do Castelo foi demolida em 1922, durante uma reforma urbanística na cidade do Rio de Janeiro. A última missa na igreja foi realizada em 1º de novembro de 1921. O Morro do Castelo foi um dos pontos de fundação da cidade no século XVI e abrigou marcos históricos como fortalezas coloniais e edifícios jesuítas. A demolição do morro foi motivada pela ideia de que ele era um obstáculo para o crescimento urbano e para o combate a epidemias. A região onde ficava o Morro do Castelo continua a ser conhecida como Castelo, entre a Avenida Rio Branco, a Santa Casa de Misericórdia, a Praça XV e a Igreja de Santa Luzia.
Construída entre 1928 e 1931 na Rua Haddock Lobo, a Igreja dos Capuchinhos substituiu a antiga Igreja de São Sebastião, que ficava no extinto Morro do Castelo, no centro do Rio. A demolição do morro, em 1922, levou à mudança dos frades capuchinhos para a Tijuca, onde o novo templo foi erguido. O projeto original da igreja, em estilo neo-bizantino com influências neorromânicas, é de autoria desconhecida, mas seu interior é um testemunho impressionante do estilo revivalista europeu, com vitrais, mosaicos e mármores coloridos inspirados no Mosteiro de Beuron, na Alemanha.
A igreja é um marco histórico e cultural, refletindo a rica herança religiosa e arquitetônica do Brasil colonial. Seus vitrais coloridos e intricadas esculturas convidam os visitantes a uma viagem no tempo, mergulhando na história e devoção que perpassam suas paredes.
Além de seu valor histórico, a Igreja dos Capuchinhos também é um importante centro de atividades comunitárias, acolhendo eventos religiosos, culturais e sociais que fortalecem os laços entre os moradores. Frequentemente, celebrações como missas, casamentos, batizados e festas do padroeiro (São Sebastião) reúnem fiéis e visitantes, reafirmando a fé e a tradição que a igreja representa.
Atualmente, o Santuário Basílica de São Sebastião comporta diversos objetos históricos e artísticos importantes. Entre eles, o marco de pedra da fundação da cidade com o escudo português esculpido, a imagem original de São Sebastião da igreja antiga e a lápide tumular de Estácio de Sá, fundador da cidade.
A grandiosidade da construção, com seus arcos góticos e detalhes barrocos, impressiona a todos que a visitam, testemunhando a habilidade e a dedicação dos artesãos que a ergueram. Em cada canto, há uma história a ser contada, uma memória a ser preservada, fazendo da Igreja de São Sebastião dos Capuchinhos um verdadeiro tesouro para a cidade do Rio de Janeiro.
Ao entrar, você será imediatamente cativado pela arquitetura neogótica, com seus vitrais coloridos que contam histórias bíblicas e de santos capuchinhos. As paredes, adornadas com afrescos detalhados, revelam a dedicação e o talento dos artistas que contribuíram para a construção deste espaço sagrado.
Em uma visita guiada, o guia compartilhará com você a história fascinante da ordem dos Capuchinhos, desde sua fundação até seu papel na comunidade carioca ao longo dos séculos. Você aprenderá sobre os rituais e tradições que ainda se mantêm vivos, além de curiosidades sobre os objetos litúrgicos e relíquias guardadas na igreja.
– O Santuário Basílica de São Sebastião dos Frades Capuchinhos é uma das mais belas obras arquitetônicas do Rio de Janeiro – diz o guia Manoel Tavares, Diácono do Santuário.
Para ele, a visita guiada visa despertar nos participantes um encantamento pela história de quase 500 anos das relíquias, imagens, pinturas, vitrais e, o mais importante, que é a simbologia dos altares laterais, da imponência do altar-mor e do baldaquino.
– Os participantes não podem deixar de admirar a cúpula dos 12 Apóstolos, o túmulo de Estácio de Sá, fundador da cidade; a pedra fundamental deixada pelos portugueses no século XVI; imagens centenárias e todo o conteúdo devocional, histórico e catequético-religioso, destaca.
Quem visitar o templo não pode deixar de apreciar o belo altar-mor, uma obra-prima que exibe uma riqueza de detalhes impressionante. A serenidade do ambiente proporciona um momento de reflexão e paz, permitindo que você se desconecte do ritmo acelerado da cidade e se conecte com algo maior.
Ao final da visita, você terá a oportunidade de visitar a lojinha da igreja, onde poderá adquirir lembranças, contribuindo assim para a manutenção deste patrimônio histórico e cultural.