Papa Francisco: “Façamos com que os jovens ‘virtualizados’ aterrissem no mundo real”

“Quando eu cheguei fizeram barulho e me aproximei para saudá-los. Poucos me deram as mãos, a maioria estava com o celular e pedia uma foto, uma selfie.

PapaFrancisco_Youtube_Celular_Pixabay_14052018Por ACI Digital

Durante um encontro com representantes da Diocese de Roma, o Papa Francisco advertiu que atualmente muitos jovens vivem “virtualizados” e é necessário fazê-los aterrissar no mundo real para que tenham o “contato humano”.

O evento foi realizado na manhã de segunda-feira na Basílica de São João de Latrão, a Catedral da Cidade Eterna.

Ao responder uma das perguntas do encontro no qual participaram os bispos auxiliares de Roma, sacerdotes, religiosas e leigos, o Santo Padre disse que os jovens enfrentem atualmente uma série de problemas, como o fato de que “são um alvo fácil para a alienação”. [column size=”one-fourth” title=”“Quando eu cheguei fizeram barulho e me aproximei para saudá-los. Poucos me deram as mãos, a maioria estava com o celular e pedia uma foto, uma selfie. Esta é a realidade deles.””][/column]

Junto com o Vigário da Diocese de Roma, Dom Angelo Donati, o Pontífice manifestou que uma das suas preocupações com relação aos jovens é que apenas “se comuniquem e vivam no mundo virtual. Eles não têm os pés no chão”.

O Santo Padre recordou que, há alguns dias, participou de um evento de Schola Ocurrentes com a participação de aproximadamente 50 jovens da Colômbia, Argentina, Moçambique, Brasil e Paraguai.

“Quando eu cheguei fizeram barulho e me aproximei para saudá-los. Poucos me deram as mãos, a maioria estava com o celular e pedia uma foto, uma selfie. Esta é a realidade deles. Esse é o seu mundo real, não o contato humano. Isso é grave. São jovens virtualizados”, disse o Papa.

Francisco disse que “o mundo das comunicações virtuais é uma coisa boa, mas quando se torna alienante, (os jovens) se esquecem de dar a mão”.

O Pontífice destacou que uma das tarefas agora é “fazer com que os jovens aterrissem no mundo real, no concreto”.

“Se você vive no mundo virtual, perde as raízes, é necessário redescobri-las no diálogo com os velhos, os idosos, porque nos pais as raízes não são muito firmes”. “Um dos problemas, na minha opinião, é que tiraram as suas raízes. Eles devem redescobrir as raízes sem andar para trás, devem andar para frente”.

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