Padre Pio: anunciado congresso pelos 100 anos de aparição dos estigmas

“Quel misterioso personaggio che mi impiagò tutto” (“Aquele misterioso personagem que me chagou todo”) é o título do terceiro congresso do santo frade capuchinho

PadrePio_090916_1Por Walter Sánchez Silva / ACI Digital

Para celebrar os 100 anos da aparição dos estigmas no corpo de São Pio de Pietrelcina, será realizado um congresso nos dias 18 e 19 de setembro, no santuário de San Giovanni Rotondo, na Itália. O evento acontecerá na véspera dos 100 anos da aparição dos estigmas, o que ocorreu em 20 de setembro de 1918.

Este será o terceiro congresso sobre os estigmas do santo frade capuchinho e terá como título a frase de Padre Pio: “Quel misterioso personaggio che mi impiagò tutto” (Aquele misterioso personagem que me chagou todo).

O tema do primeiro dia do congresso será “Participação no sacrifício de Cristo: Mistério e fenomenologia”. Às 17h do dia 18 de setembro, Dom Paolo Martinelli, Bispo Auxiliar de Milão, refletirá sobre “O sacrifício na teologia cristã”, enquanto o historiador e escritor Joachim Bouflet falará sobre “Os estigmas do Padre Pio: Anamnesis e leitura teológica”.

O tema da manhã do segundo dia, 19 de setembro, será “O homem diante do mistério da dor: Os sinais da paixão”. Participarão o psiquiatra Vittorino Andreoli, que falará sobre “O corpo e a linguagem da dor”, e o sacerdote Francesco Neri, vice-presidente da Faculdade Teológica Pugliese, que dissertará sobre “Os estigmas de Francisco de Assis e Pio de Pietrelcina: Amor, sofrimento e beleza”.

O tema da tarde do segundo dia será uma pergunta: “Os estigmas do Padre Pio ainda nos falam?”. A teóloga Cettina Militello fará sobre “A mensagem do Padre Pio na Igreja do Papa Francisco”. As conclusões do congresso foram confiadas ao professor Vicenzo Di Pilato, teólogo e professor da Faculdade Teológica Pugliese.

Os estigmas

Os estigmas são as chagas que Cristo sofreu na crucifixão: dois nos pés, dois nas mãos e uma no lado; que apareceram em alguns místicos.

Embora os estigmas sejam feridas, o ponto de vista médico difere desta definição pois não cicatrizam, sequer quando são curados; não infeccionam nem se descompõem, não degeneram em necroses, não têm mau odor; e sangram constante e profusamente.

Além disso, os estigmas são a reprodução exata das chagas de Jesus, segundo os estudos do Santo Sudário que, de acordo com a tradição, teria envolvido o corpo de Cristo.

Para reconhecer os estigmas como válidos ou reais, a Igreja exige algumas condições precisas: devem aparecer todos ao mesmo tempo, devem provocar uma importante modificação nos tecidos, devem se manter inalterados e devem carecer de infecções ou cicatrização.

Segundo a Enciclopédia Católica, são cerca de 60 os estigmatizados, entre santos e beatos. São alguns dos mais famosos São Francisco de Assis, Santa Catarina de Sena (que rezou a Deus para que não fossem visíveis), Santa Catarina de Ricci, São João de Deus, a Beata Anna Catarina Emmerich, entre outros.

Artigo anteriorNovena de Nossa Senhora dos Anjos tem início nesta terça-feira na Basílica
Próximo artigoHora Santa pela Vida