II Encontro Nacional de Irmãos Leigos Franciscanos: o testemunho de fraternidade em Vila Velha

Evento termina hoje, com apresentação de uma carta final, escrita por representantes das quatro obediências franciscanas presentes

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Por Érika Augusto e Paulo Henrique

Os irmãos, reunidos em Vila Velha (ES) desde quinta-feira para o II Encontro Anual de Irmãos Leigos Franciscanos, encontraram-se neste sábado (9) pela manhã, para juntos apresentarem proposições a partir das reflexões do encontro. Reunidos por obediências (OFM, OFMCap, OFMConv e TOR), os franciscanos apresentaram em seus respectivos grupos sugestões de ações concretas para suas regiões. Propostas para lidar com dificuldades, como o clericalismo, a formação inicial e o “respeito aos diferentes dons e aptidões dos irmãos”, como comentou o Capuchinho, Frei Rubens Nunes.

leigos-312Na parte da tarde, os participantes fizeram um passeio por Vila Velha. A primeira parada foi na igreja do Rosário, na Prainha. Lá foram recebidos por Frei Clarêncio Neotti, que explicou um pouco da história dos frades no Espírito Santo, a chegada das capitanias portuguesas, a vinda de Frei Pedro Palácios e a importância do Convento da Penha e da igreja do Rosário para a população local e para a Igreja no Brasil. No Rosário passaram nomes como São José de Anchieta e Manuel da Nóbrega. “É aqui o nascimento do Estado do Espírito Santo”, afirmou o frade.

Apesar da chuva, que caiu de forma moderada durante a tarde, os religiosos subiram para o Convento da Penha, ponto turístico do Espírito Santo. Cada obediência vestida com o seu hábito, o grupo chamou a atenção dos turistas, que aproveitaram o fim do feriado emendado para visitar o Convento.

Às 17h, todos se reuniram para celebrar a Eucaristia no Santuário Divino Espírito Santo. A missa foi presidida por Frei César Külkamp, Vigário Provincial e concelebrada por Frei Djalmo Fuck, pároco do Santuário, Frei Clarêncio Neotti, vigário paroquial e Frei Miro Rufino, da Custódia do Sagrado Coração de Jesus. [column size=”one-fourth” title=”“A nossa resposta jamais pode ser o mal. Supera o mal com o bem, este é o mandato que nós temos para a nossa vida cristã” (Frei César Külkamp)”][/column]

Em sua homilia, Frei César falou sobre o Evangelho deste domingo, extraído de Mt 18, 15-20. “A Palavra hoje nos provoca a amar o nosso próximo, ser cristão significa amar até as últimas consequências”, afirmou. Ele acrescentou que o melhor testemunho que os cristãos podem dar diante do mal, da fofoca, do pecado, é agir com bondade. “A nossa resposta jamais pode ser o mal. Supera o mal com o bem, este é o mandato que nós temos para a nossa vida cristã”, advertiu.

O frade recordou uma passagem da vida de São Francisco de Assis, quando questionado por um irmão sobre qual postura ter diante do mal. O santo disse: “Brilhe tão forte a tua santidade e fale tão alto o teu exemplo, que isso sirva de correção para aquele que cometeu qualquer maldade”.

Frei César concluiu sua homilia pedindo que cada um se torne uma pessoa melhor, a fim de que o mundo seja melhor. “Este foi o testemunho de São Francisco e que a gente hoje pode usar como uma medida. Sejamos pessoas melhores e o nosso mundo será melhor”, concluiu.

O encontro termina neste domingo (10). Na parte da manhã, será apresentada uma carta final, escrita por representantes das quatro obediências franciscanas presentes.

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