Encenação da Via Sacra na Praça lembra o sofrimento de Jesus Cristo

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Encenação da Via Sacra valoriza as ações de Cristo

Realizada na Semana Santa, a Via Sacra foi encenada nesta Quarta-Feira Santa por igrejas integrantes do Vicariato Norte na Praça Afonso Pena, Tijuca. Com a participação do Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, Dom Luiz Henrique da Silva Brito, e do pároco do Santuário de São Sebastião – Frades Capuchinhos, Frei Arles de Jesus, entre outros, o evento atraiu muitos moradores do bairro e adjacências, onde integrantes do Grupo JUBA (Jovens Unidos de Braços Abertos),  do Santuário, das paróquias de São Francisco Xavier e de São Francisco de Assis representaram a Via Sacra.

A Via Sacra é a reconstituição religiosa feita para lembrar o sofrimento de Jesus Cristo durante sua missão redentora.

Os cristãos ao redor do mundo celebram a importância de Jesus Cristo enfatizando o caminho que percorreu por obediência a Deus. A Via Sacra é uma maneira que os fieis têm de percorrer mentalmente o mesmo caminho de seu profeta desde o Pretório de Pilatos até o monte Calvário.

A Via Sacra  é uma prática comum do período da Quaresma, cuja origem remonta às Cruzadas. Entre os séculos XI e XIII, os fieis colocavam-se em penitência percorrendo todos os lugares sagrados para a Paixão de Cristo na Terra Santa. Com o passar do tempo e as crescentes dificuldades em chegar à Terra Santa, por conta das numerosas guerras e dos conflitos entre cristãos e muçulmanos, começou-se a reproduzir a peregrinação que era feita na Vila Dolorosa de Jerusalém por representações no Ocidente. Até se chegar ao modelo que é praticado hoje, houve várias modificações. As características da peregrinação foram sendo definidas com o passar dos anos até totalizar as quatorze estações definidas desde o século XVI.

No século XX, o popular papa João Paulo II fez novas alterações no percurso da Via Sacra. Ele substituiu as cenas que não são relatadas nos Evangelhos por situações que são narradas pelos evangelistas. Porém a nova configuração não é amplamente praticada, serviu, inicialmente, para a encenação feita em Roma durante as celebrações da Quaresma.

A Via Sacra  é um exercício de piedade praticado pelos fieis. Por isso mesmo, sua prática é muito recomendada pelos Sumos Pontífices como tentativa de provocar uma reflexão valorosa sobre a Paixão de Cristo e demonstrar o poder da Igreja Católica no tocante às questões espirituais. O processo inclui as seguintes cenas: Jesus condenado à morte, Jesus carregando a cruz, Jesus caindo pela primeira vez, Jesus encontrando sua mãe, Simão Cirineu ajudando Jesus, Verônica limpando o rosto de Jesus, segunda queda de Jesus, Jesus encontrando as mulheres de Jerusalém, terceira queda de Jesus, Jesus despido, Jesus pregado na cruz, Jesus morrendo na cruz, Jesus morto nos braços de sua mãe e Jesus enterrado.Realizada normalmente durante a Semana Santa e nas sextas-feiras do período da Quaresma, a via-sacra é um ato litúrgico celebrado pela Igreja Católica para relembrar a paixão e morte de Jesus Cristo. Durante a cerimônia, enquanto o sacerdote lê trechos dos Evangelhos, os católicos meditam diante de uma série de quadros que representam as principais cenas da saga de Jesus.

Esta maneira de meditar teve origem no tempo das Cruzadas (século X). Os fiéis que peregrinavam na Terra Santa e visitavam os lugares sagrados da Paixão de Jesus, continuaram recordando os passos da Via Dolorosa de Jerusalém. Em suas pátrias, compartilharam esta devoção à Paixão. O número de 14 estações fixou-se no século XVI.

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Existem variações para a realização do ritual. Em algumas paróquias, em vez de os fiéis contemplarem imagens, eles assistem a encenações, como num teatro, que dão vida aos eventos. Seja como for, o objetivo é um só: valorizar as ações de Cristo e reconhecer a presença de Deus mesmo na dor e no sofrimento.

Esses quadros – ou estações, como são chamados – contam a trajetória de Jesus desde o momento de Sua condenação até Seu sepulcro. Aparecem em sequência: a condenação, Jesus carregando a cruz, o encontro com Maria, a ajuda que recebeu de Simão Cirineu, as três vezes em que caiu, o consolo às mulheres de Israel, a ocasião em que Verônica enxugou seu rosto, o momento em que foi despido, sua crucificação, morte, a descida da cruz e, por fim, seu sepultamento.

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