Associação de Senhora Santana comemora 15 anos de fundação com Missa em Ação de Graças

Entidade conta com mais de 100 associados e já teve em seus quadros Frei Vital, frade capuchinho falecido em 2017

c4e9cbd93eaf5af2ad606f4f8ae67358Emilton Rocha / Pascom

No dia 26 de outubro, próxima segunda-feira, a Associação de Senhora Santana estará festejando o 15° aniversário de sua fundação no Santuário Basílica de São Sebastião, com uma Missa em Ação de Graças, às 18h, precedida pela reza do Terço (17h). Fundada em 26 de outubro de 2005 pelo então pároco do Santuário, Frei Reinaldo Ávila de Moura, a entidade reza o Terço em louvor à Senhora Santana sempre nesse dia.

Anualmente, a associação organiza um gesto concreto em que são coletados toalhas, sabonetes, talcos, pasta dental e hidratantes para os cerca de 220 idosos do Abrigo Cristo Redentor, mantido pelo Governo do Estado, localizado em Higienópolis, Zona Norte do Rio de Janeiro. Este ano isso não foi possível devido a pandemia.

A Associação de Senhora Santana é coordenada por Jacy Figueiredo Ferreira, conta com mais de 100 associados e  já teve em seu quadros Frei Vital, frade capuchinho falecido em 2017, aos 94 anos.

Santa Ana, Santana ou Sant’Ana, mãe de Nossa Senhora e avó de Jesus

Santa Ana, Santana ou Sant’Ana é a mãe de Nossa Senhora e avó de Jesus. Sobre ela, porém, há poucos dados biográficos. As referências que chegaram até nós sobre os pais de Maria foram deixadas pelo Proto-Evangelho de Tiago, um livro escrito provavelmente no primeiro Século e que não faz parte dos Evangelhos Canônicos, ou seja, aqueles reconhecidos pela Igreja como oficiais. Porém, o Evangelho de Tiago é uma obra importante da antiguidade e citada em diversos escritos dos padres da Igreja Oriental, como Epifânio e Gregório de Nissa.

A concepção milagrosa de Maria

Santa Ana e São Joaquim, porém, eram pessoas de fé e confiavam em Deus, apesar de todo sofrimento que viviam. Assim, num dado momento da vida, São Joaquim resolveu retirar-se no deserto, para rezar e fazer penitência. Nessa ocasião, um anjo lhe apareceu e disse que suas orações tinham sido ouvidas.

Ao mesmo tempo o anjo apareceu também a Santa Ana confirmando que as orações do casal tinham sido ouvidas. Assim, pouco tempo depois que São Joaquim voltou para casa, Ana engravidou. Parece que através do sofrimento, Deus estava preparando aquele casal para gerar Maria, a virgem pura concebida sem pecado.

O nascimento de Maria

Segundo a Tradição cristã, no dia 8 de setembro do ano 20 a. C., Santa Ana deu à luz uma linda menina à qual o casal colocou o nome de Miriam, que em hebraico, significa “Senhora da Luz”. Na tradução para o latim ficou “Maria”. A vergonha tinha ficado para trás. E daquela que todos diziam ser estéril nasceu Nossa Senhora, a mãe do Salvador.

 

Santa Ana e São Joaquim são de fundamental importância na História da Salvação. Não só pelo nascimento de Maria, mas também pela formação que deram à futura Mãe do Salvador.

Devoção à Santa Ana

A devoção a Santa Ana e São Joaquim é muito antiga no Oriente. Eles foram cultuados desde o começo do cristianismo. No século VI a devoção a eles já era enraizada entre os fiéis do Oriente. No Ocidente, o culto a Santana remonta ao século VIII. Em 710, as relíquias da avó de Jesus foram levadas de Israel para Constantinopla e, de lá, foram distribuídas para várias igrejas. A maior dessas relíquias ficou na igreja de Sant’Ana, em Durem, Alemanha.

No ano de 1584, o Papa Gregório XIII fixou a data da festa de Sant’Ana em 26 de Julho. Na década de 1960 o Papa Paulo VI juntou a esta data a comemoração de São Joaquim. Por isso, no dia 26 de julho comemora-se também o “Dia dos Avós”.

Santa Ana padroeira dos avós

Santana é a padroeira dos avós. Mas também é invocada pelas mulheres que não conseguem engravidar. Santana é também a padroeira da educação, tendo educado Nossa Senhora e influenciado profundamente na educação de Jesus.

Porque Santa Ana não é tão conhecida

Um dos motivos pelos quais Santa Ana passa despercebida é o fato de que tudo sobre ela está em um livro não oficial da Igreja. O testamento que conhecemos é apenas uma parte de um material bem maior. Nem todos os livros foram aceitos pelas autoridades católicas. As informações sobre Nossa Senhora de Santa estão no evangelho de Tiago, que não consta da Bíblia oficial.

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