Alunos da Cadiperj visitam a Basílica e fazem visita guiada pelo templo

Orações cotidianas, benção dos ‘barbudinhos’ e a visita guiada pela Gruta de Nossa Senhora de Lourdes e pelo interior do Templo fizeram parte da programação

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Por Manoel Antonio Tavares / Fotos: Emilton Rocha

Neste Sábado, 3, o Santuário Basílica de São Sebastião sentiu-se honrado de receber a visita dos alunos do Instituto de Diaconia Permanente Santo Efrém, juntamente com suas esposas, filhos e familiares. Os alunos estão no período de discernimento vocacional à vida do diaconado permanente, que é chamado de propedêudico. Nesta fase, eles estão fazendo experiência de vida pastoral, visitando várias paróquias da Arquidiocese do Rio de Janeiro e também estão passando por formação no Seminário São José.

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Entre as atividades programadas estavam as orações cotidianas, a benção da saúde (tradicional benção dos “barbudinhos”) ministrada pelo Frei Dimas e a visita guiada pela Gruta de Nossa Senhora de Lourdes e pelo interior do Templo. Após passagem pela gruta, com as devidas explicações, foi dado início à caminhada pelo templo, altares laterais e altar-mor, marco histórico e grandes vitrais superiores.

Foram mostradas as belezas arquitetônicas, os mosaicos, imagens, símbolos, iconografia e seus significados, além dos marcos da história da cidade do Rio de Janeiro, preservados no Santuário.

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A visita foi encerrada com a apresentação da imagem histórica restaurada de quase meio século de São Sebastião. Algo de esplêndido, extraordinário, inesperado, admiração e contentamento, um sentimento de espanto diante de algo que nunca fora observado. Foi a “cereja do bolo”. Antes das despedidas, foi realizada a confraternização partilhada, comemorando o aniversário das gêmeas, filhas de um dos candidatos.

O diaconado

Para satisfazer a curiosidade sobre a pessoa do diácono permanente, seguem algumas informações. O diaconado é um chamado (vocação) ministerial. Seu nome vem do termo ‘diakonia’, que significa serviço, servir à mesa, serviço à vida da comunidade, tudo o que se faz por amor. O diaconado é um ministério presente desde a Igreja primitiva. É o primeiro grau do Sacramento da Ordem. Ele é um colaborador do Bispo e do Presbítero, recebe uma graça sacramental própria. Não é ordenado para si mesmo, nem para se colocar acima dos leigos. Através de sua vida e de suas ações deverá se assemelhar ao Cristo-Servo. (Doc. 96 CNBB 36,40 E 50)

Os diáconos podem ser transitórios ou permanentes. Os diáconos transitórios permanecem por um período específico até completar sua formação e serem ordenados presbíteros. Os diáconos permanentes fazem parte do ministério ordenado colocados o mais próximo possível da realidade e do protagonismo dos leigos.

O ministério diaconal permanente possui três dimensões:

Serviço da Palavra – Como discípulo e ouvinte, dá testemunho do evangelho. Na missão principal da Igreja, que é evangelizar, o diácono permanente tem grande campo de trabalho, sobretudo nas pequenas comunidades afastadas onde a palavra de Deus precisa urgentemente ser anunciada.

Serviço da Caridade – Vai ao encontro das pessoas, fazendo-se servidor de todos como Jesus. Na promoção social e vivência das obras de misericórdia, assume a opção preferencial pelos pobres, marginalizados e excluídos. Reveste-se de compaixão pelos doentes, vítimas de violência, desaparecidos, tóxico-dependentes, idosos, presos, população de rua, etc.

Serviço da liturgia – é exercido na celebração dos sacramentos ou sacramentais, da assistência de casamentos, administração de batizados, na presidência da Celebração da Palavra e nas orações.

Assim sendo, os diáconos permanentes, por seu duplo sacramento (Ordem e Matrimônio), são ministros da Igreja que estão mais perto das pessoas, nos seus ambientes de trabalho, estudos e vida social, devendo ser sinal vivo de Cristo Servo. Levando o amor de Deus em sua vivência cotidiana, o diácono casado não descuidará de seu lar sob nenhum pretexto. A esposa e filhos deverão estar presentes durante o exercício do ministério. Faz-se necessária a aceitação e o envolvimento da família, esposa e filhos, pois é em sua família que o diácono primeiro exerce a sua diaconia. O diácono permanente pode ser celibatário se for solteiro.

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